"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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quinta-feira, 25 de abril de 2019

O QUE DESEJO



Desejo a você, tudo
Que você merece e até um pouco mais, de bom tudo.
De ruim, bem pouco
Só o que serve como lição, sem tanta dor
Desejo que olhe os momentos bons de pés no chão, sem afobação
Os momentos ruins de maneira fria, faz parte da vida, né?
Assim sabemos a diferença do bom de ruim. Então...

Desejo a você, um pouco mais
Mais afeto
Mais ensinamentos
Mais aprendizados, mas, sem tanto sacrifício
Mais amor real, que valha ouro
Amizades firmes, bons filmes
Sexo, o mais gostoso
Que tudo isso seja duradouro.

Desejo vários dias ralados para criar marra para as tempestades,
isso aqui não filme, não pensa que vai ser fácil.
Desejo que você deseje,
pois só você pode entender o que quer.
E mais, que mereça tudo aqui que quer,
para no momento de reflexão veja sua força,
nada disso foi em vão.

Desejando isso tudo,
que você repare que há pessoas boas e ruins,
decida de onde vai absorver as melhores energias.
Diante do mundo, força!
Seja lá qual seu Deus,
não perca sua fé,
Nem se seu Deus for você mesmo.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Perdão, Maria



Eu só queria o perdão de quem não mereço.
Nem pedi, mas queria.
Queria, Maria
As tarde com laranja no terraço, queria.
A parte boa da escola, ou seja, quase nada
A bola na quadra, a comida quando não tinha nada
Mainha realizando sonhos, como fada
Essas coisas duras que dá saudade, é foda.

Perdão, Maria
que nome forte, pessoas fortes
Morte e vida, Severina
sara minhas Dores.
Perdão.

Cantoria de quintal
ouvia os pássaros
e a voz leve parecia ninar minhas mágoas.
O tempo tem passado por cima de mim
O isolamento que quis para mim dói
Meus distúrbios fazem festa
Vontade de morrer, foder, com tudo
pra matar aos poucos e morrer no esquecimento...
Perdão.
Ando brigando com a vida
Morrendo com o tempo, perdão.

Se perdoe e me perdoe.
Sem saber do que se trata, as vezes
me perdoe.
Eu nem sei se errei, as vezes sei
Sei lá
Se de lá vem o alívio para mim
Se a dose é forte, dá felicidade ou mata
Se me tira disso tudo aqui, dá pra mim.
Sem mais, perdão, enfim...

 

segunda-feira, 8 de abril de 2019

OITENTA TIROS

 Vou te trazer uma notícia que o Brasil Já deve ter noção, pois foi bem noticiada pelo Fantástico: "Militares de Exército fuzilam carro de família no Rio de Janeiro." Mas não deveria ser assim, não época que a intervenção militar está nas ruas cariocas. Onde o "cidadão de bem" comemora chacina e militar espanca atendente de lanchonete por conta de um hambúrguer. A imposição pela violência nunca foi tão endeusada como agora.

 Ontem, antes de ter essa notícia triste, mas rotineira, me deparei com uma das coisas mais cotidianas hoje em dia: Militar agredindo e intimidando. Por motivos de trânsito, por bobagens, tornam algo simples numa violência gratuita e desproporcional ao fato. A PM não chegou ao local em 30 minutos de espera, as pessoas ao redor estavam com medo pela fama da Polícia Militar em Pernambuco, e o casal apanhou do militar.

 Os militares são extremamente corporativistas, amantes da imposição pela força e do desrespeito pelos demais seres humanos. Eles legalmente são iguais a gente, mas de fato, estão acima, em tudo. Trabalham por eles, por interesses deles e portam armas para imposição da sua "moral".

 "O Exército subindo pra matar dentro da favela, mas a cocaína vem da fazenda dos senadores."

quarta-feira, 3 de abril de 2019

TEATRO DOS SONHOS



Claro.
Sai de dentro isso tudo
Turbilhão, viagem.
Mas negro igual o buraco no espaço,
negro.
Igual a dor da distância,
nego.
Saúde é preciso, mas sou doente,
do corpo.
Que dói, cada palavra pesada,
cada tapa sem mão, dada.
Mas a maior ferida ainda é a mente.

Mentes tão bem.
Diz que vai ficar bem.
Seja seu santo, bote fé, amém!
Em meio a crise, grite!
Seja invencível como ela disse,
tire forças de onde não tem.

Em dias nublados,
corações marcados,
planos marcados,
alma igual ao mar,
aquele peso que desce do olhar;
salgado, pesado...

Igual no Teatro dos Vampiros,
envelhecemos rápido demais.
E quando ouço Oorra...
Vi que é gostoso o gozo,
a dor é firme
a vida dar com a mão que oprime
do alto do prédio ou do morro,
é mais "mate" do que morra"