VERSOS E VALORES

O valor se confunde com o que pagam para ver.
Como recompensa pela criatividade,
criam a linha do sucesso.
Medições, se compartilha a ideia pelo like,
eu juro que também queria, 

mas era sempre pelo afeto.

Afago, e nosso trabalho é o que traz a grana,
Poesia ainda não se come.

Vender e para vencer,
ou pelo amor?
Engolir poesia e matar a fome.

Versos simples como outros,
poesia carregada de dor.
Vender o que amo para ser visto,
não escrever apenas para vender,
mas, o que fazer quando a fome de ser visto consome?

Eram, simples, reais.
E nessa bolsa de valores da vida, 

o preço do Real anda baixo.
Mas morro abraçado,
não era só sobre sexo, sonhos, dor e amor.
Loucuras, erros, emoções e rancor.
Me compra, por querer, sem favor.

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SEJA FELIZ, POR FAVOR

Você nasceu pra ser feliz!

Repita comigo:

"NASCI PRA SER FELIZ!"

Bom menino, é assim que se diz.

Seja lá como for,

combata e bata de frente com a tristeza,

ela canhão e você flor,

seja feliz, por favor.

Você não tem o direito de sofrer.

Têm gente por aí que nem tem o que comer.

e aquelas pessoas sem pernas, correndo?

Você não pode andar e ser triste,

seu busão lotado é gratificante,

por mais que isso te mate por dentro,

essa não é uma forte dor,

seja feliz, por favor.

Quem disse que sua dor é tão grande assim?

Tem gente em situação pior!

Tanta gente ao teu redor,

e você insiste em se sentir só?

Olha aqui tudo que eu te dei,

e você nunca se importou.

Não é nada grave.

Seja feliz, por favor.

Que alma escura,

parece que não sabe ser feliz.

Sua vida é boa sim!

Repita!

E pare de chororô.

Não me vem encher o saco,

você que quer isso, 

até sair disso, pelo amor.

Seja feliz, por favor.

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LEMBRANÇAS

Estarão por afeto,
Mas, mais ainda por precisarem de ti.
Se você não berrar do fundo do poço e liberar força pra sair, 

mal vão notar.
Se você escrever, 

sua arte vai vagar até você morrer e virar relíquia,
luto eterno de duas semanas, 

lembranças que só o Facebook lembra.

Sem saber bem onde estou, 

e o que significa estar "aqui".
Empurrei goela baixo o mau em mim,
Tentei exalar positividade, 

escrever sobre o amor enquanto angustiado, 

caminhava num caminho de dor.

Sem saber o que é isto aqui, escrevi.
Poesia é pra quem gosta,
E as minhas nem eu mesmo li.

Por mais que ache que pense,

que pense que sei,

que saiba mais do que devo,

que deva planejar mais.

Passei como num piscar de olhos,

uma linha reta em alta velocidade,

esperando rememorar tudo em câmera lenta,

as vezes a vida é tormenta,

as vezes luzes de Natal na cidade.

Passei e nem vi.

Escrevi e não li. 

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DO CAOS A LAMA

Amazônia queimou,

o mundo parou,

todos olharam,

o fogo devastou,

eles ficaram...

Buscaram culpados,

calados ficaram,

mentiras inventaram,

as ONGS culparam,

a primeira dama francesa,

humilhar, tentaram.

O fogo baixou,

tudo "melhorou"

o presidente de caneta, mudou,

o mundo se calou,

seus apoiadores, 

silenciaram.

"Ele não tem culpa."

"Ele não queimou nada",

"esse óleo aí é da Venezuela",

"a Amazônia é nossa, temos que explorar ela"

"o Museu já queimou, vou fazer o que?"

Ir ao Japão, né?

Mas eu te entendo,

é Nordeste.

Você não tem nada aqui, 

o governo é da maioria,

a visão de fora não diria,

aqui não contamos nem esperamos,

e continuamos carregando o Brasil nas costas.

Esses Paraíba não merecem nada, como cê diz.

Não temos presidente, ainda.

Sugiro ser Caneca,

formar a nova Confederação,

Nordeste é independente, nosso país.

 

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TENTAÇÃO

Para de atentar,

de tentar desestabilizar a minha pouca emoção,

para, que eu desejo paz,

e você quer meu juízo, nu

igual meu corpo, dourado igual ouro.

Ainda pergunto;

"por qual motivo ela não atenta outro?"

 Pesadelo é viver do que não existe,

ou passou, ou ainda não virá.

Talvez viver o delírio, 

e parece que estar sóbrio é entediante.

Ainda dormindo,

barco sem vela, navego.

Teu corpo dia de sol, radiante,

apesar de infernal, me entrego.

Se é anormal isso, nem ligo,

eu quero.

Se perguntarem sobre a paranormalidade, 

eu nego.

Não era real, delírio,

daqueles desejos que joga na lona.

Não era amor, era sentada,

daquelas que vicia e mais nada.

Era tempestade forte, 

brisa que bate na mente e deixa poucos rastros.

Bate na mente e corpos batem um no outro.

Amor de lata, vira-latas.

Tesão de outro, daqueles que amassa.

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Amor padrão - Aleatório Necessário #7

 Ah, o amor... (aquela respirada profunda que as mulheres dão nos filmes quando estão amando). Pois bem, vamos falar dele. Colocaram numa máquina antes de fazer, e o que era uma linha de montagem sobre qualidades e coisas que devemos ser para preenchermos o requisitos de uma pessoa que deve ser amada. O mais complicado sempre foi achar alguém que como a água, se moldasse às pedras do rio, lembrando que ao longo do tempo, a água vai levando embora pequenos pedaços das pedras que lhe fizeram descer dançando o rio.

 O amor padrão nada mais é do que um conjunto de regras que vão se adaptando ao que vivemos em tempo real, com requintes de saudades do que era o passado, trazendo sempre a ideia de que o amor não é mais como antes, "pois antes o amor suportava tudo", "hoje em dia as pessoas não se importam mais..." Talvez as pessoas não queiram mais ser padronizadas e queiram redefinir o amor. "O amor tudo suporta, tudo supera." As pessoas tudo suportam, e escolhem isso em nome de um possível amor que talvez ela faça questão de levar pensando nos momentos bons que viveu ou sonhou. E talvez ainda esteja fazendo isso sozinha. 

 Talvez amamos as boas coisas que nos fazem, as vivências e toda aquela ideia maravilhosa de companheirismo. E sabe, está tudo bem se for isso. Nossas qualidades são frutos nossos e se amam isso na gente, tudo bem. O amor real está em quem faz. Não em o que fizeram. Caso contrário, você quer seu sonho realizado. Seu casamento perfeito. Seu emprego maravilhoso. Seus amigos leais. Seus filhos no seu tempo e seu castelo no seu conto de fadas. Esse é o amor padrão. Você ama todas as suas sensações, seus sonhos realizados. Não necessariamente pessoas, mas sim o que elas podem lhe proporcionar.

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