"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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segunda-feira, 20 de junho de 2016

As Razões de Um Louco #49 - Flores Roubadas

 "As vezes ando só trocando passos com a solidão..." Momentos que eram nossos, e que dificilmente com outro alguém voltarão. Ainda é estranho fazer versos livres descrevendo passados tão distantes da realidade atual. Ainda era bem menino na época das flores roubadas, achava engraçado e lindo o jeito que ela olhava pra mim quando eu dizia ou fazia algo bobo, sei lá, talvez parecesse infantil, mas era o preço de fazê-la sorrir, e ver aquele sorriso lindo surgir por algo que eu fiz, não tinha preço.

 "Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar, que tudo era pra sempre sem saber que o "pra sempre, sempre acaba..." E de fato, nada vai conseguir mudar o que ficou. E mais uma vez escrevo nos trilhos do passado, que pelo que se desenha, ainda nem passou, é tão presente quanto o cheiro no meu lençol, ou as freses bobas nos meus cadernos antigos... Incomum, alguns amigos, meus amigos, que eu tornei seus. 

 "Não há mais brilhos nas sombras, andei às cegas..." Não houve mais a conexão das almas, ao segurar em outras mãos, a mais próxima de algo parecido foi a da solidão. Maldita memória fotográfica, infeliz seja minha mania de lembrar ao olhar as flores, com outra estar, e lembrar outros momentos, outros sabores. 

 "Em uma outra vida, seremos eternos, manteremos vivas as nossas promessas, seremos nós contra o mundo..." Em uma outra vida (ou nessa), a gente pode ser ligar num momento qualquer, irmos para aqueles lugares de sempre, quem sabe passa um filme, quem sabe os muros são baixos, e eu volte a ser um menino, escale-os para ter as mesmas flores roubadas... Não repetir os passos, e como um espelho do tempo, poderemos ver que quase nada mudou, enfim... 

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