Um dia, mostrando alguns dos meus textos a minha ex-namorada, ela me disse: - "Amor, esse casal, parece com a gente, o daquele outro texto também." Ela não sabia que os textos eram meus, nem que era a nossa curta história sendo escrita.
As pessoas julgarem sem saber é mais que comum, como se a gente já vivesse esperando, e tentando buscar as respostas, para darmos as pessoas que provavelmente não têm nada a ver com a nossa vida ou sentimentos, mas, mesmo assim queremos justificar.
Apesar do curto espaço de tempo, e das constantes decepções vividas a tão pouco tempo atrás, eu devia isso a ela, eu tinha que ser o melhor que podia, fazer o melhor de mim, o melhor por nós. E isso não era limitado apenas em palavras, ou em textos que eu pudesse escrever contando o quanto eu amava olhar ela nos olhos, ou o quanto era legal quando era chamado de "tio", pelo seu sobrinho. Eu nunca me senti tão "da família" assim em outra família.
Uma vez escrevi os efeitos das canções nas lembranças das pessoas, a gente tinha algumas canções "nossas", mas acho que "queimei" toda minha playlist por conta dela, o caminho da casa dela pra minha era longo, então qualquer música daquela época traz um pouco de saudade nas suas letras, mas essa tem algo além de todas outras:
Confesso que ouvi pouquíssimas vezes depois do fim, e em todas as vezes senti um aperto no coração. Mal sabe ela que ainda escrevo sobre, que de fato sempre escrevi a minha vida.
Doeu escrever isso? Imagino que sim. Olhando bem como vc se refere a outra pessoa como se estivesse dizendo a ela frente à frente. Parabéns por ter coragem de descrever algo assim tão belo.
ResponderExcluir