Hoje é, sexta-feira... e 16 anos atrás um menino tinha acabado de entrar em sua aula do Ensino Infantil. Bem tímido, falava com poucos coleguinhas e costumava se isolar na hora do recreio. Comia seu lanche quieto, sem mexer com ninguém, se balançava e conversava consigo mesmo. Como toda a sexta-feira que se prese, além de ser o último dia de aula da semana, o horário da tarde era destinado apenas para jogos, desenhos, artes, correria, suor... Estar sozinho sempre aguçava a sua criatividade, sempre teve facilidade em moldar coisas com massa de modelar (que tinha um cheiro entorpecente), também gostava de desenhar, nada muito relevante.
Naquela época ele curtia mesmo pintar, tinha um certo talento pra isso, sua percepção de cor era muito boa para uma criança da sua idade. Mas, quando ia pintar a pele dos desenhos humanos, a "cor-de-pele" não era bem aquela que representava as pessoas ao seu redor. E pior, só havia uma opção, todos os personagens dos seus contos imaginários eram iguais.
Durante muito tempo se sentiu inferiorizado de certa forma, pois pintar seus desenhos de marrom não "pegava" bem entre seus coleguinhas brancos.
Tanto tempo depois, eis que uma empresa brasileira teve uma GIGANTE ideia; criar giz de cera com várias "cores-de-pele".
"Nas caixas de lápis de cor, não há muitas opções para tons de pele. As crianças ficam em dúvida e acabam colorindo o corpo das pessoas que desenham com bege ou rosa, claro, que são chamadas exatamente de “cor da pele” pelos alunos. Mas a pergunta que surge é: cor da pele de quem? E o marrom e o preto, não são cores de pele também?" >>Matéria completa<<
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