Era só acordar e esperar a mensagem: "Bora pra Api", que era como a gente chamava o Açude de Apipucos, também no Recife, saia de casa, ia até a casa deles (meus primos), nos reuníamos e partíamos, as vezes a gente nem ia para o açude, tinha também o "Rio da BR" e o de Dois Irmãos, a gente votava e via qual era o melhor pra ir no momento, as vezes íamos "armados" de badoques (estilingues), e sim, nos sentíamos donos do mundo, nada era mais libertador do que sentir o vento bater no rosto enquanto pedalávamos.
Hoje trabalho próximos ao Açude, e ao passar perto dele me pergunto se um dia voltarei a entrar, ele parece estar bem poluído, antes via pescadores, crianças nadando, hoje o cheiro é bem parecido com aqueles produtos capilares que cheiram mal pra caramba. Domingo passado foi ao rio de Dois Irmãos, ele tava sujo, mas não era esgoto, eram cavalos mesmo, pelo menos isso.
Andar por esses lugares traz uma nostalgia muito grande, sinto falta daqueles sorrisos inocentes, das conversas sem sentidos... sinto falta de Jonas, ele faleceu e eu fiquei sabendo mais de duas semanas depois, ele era um moleque gente fina. Sinto falta dos outros que foram por caminhos piores do que planejávamos, espero encontra-los lá na frente, numa bem melhor. Num sonho distante, ainda vamos pegar nossas bikes como antes, e vamos sair por ai, sorrir por nada, ser feliz de qualquer maneira.
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