"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

As Razões de Um Louco #38 - Estagiária

Foto: Reprodução/Internet

     Parece que foi ontem, havia muito trabalho no dia do ocorrido. A questão é que faz dois meses que eu me viciei naquele sorriso sincero, normalmente a forma com que as pessoas lidam uma com as outras no ambiente de trabalho é automática. “bons dias” programados, sorrisos falsos e apunhaladas pelas costas fazem parte da rotina dos ambientes de trabalho de um modo geral, nesse caso, mais ainda. Trata-se do um local elitizado, onde normalmente eles discutem o quão complicado está pagar as férias dos filhos na Disney esse ano.

      Voltando à realidade, quer dizer, ainda não sei se é um sonho, todas as vezes que pude partilhar dos momentos com ela, como se a cada vez que cruzasse com ela nos caminhos desse recinto onde lhes escrevo, sentisse que ainda não vivi nada, naquele domingo, na casa dela...
      
     A forma igual com que ela trata do porteiro ou presidente impressiona, não é superficial, o sorriso é bem sincero (acho que já disse isso), é que ainda não consigo acreditar... Por que eu? Ela me convidou um fim de semana desses pra correr próximo a casa dela, lá tem uma boa pista de Cooper, uma área verde bem bacana.

     Não dá pra descrever exatamente o que aconteceu, mas no intervalo de quatros horas, eu descobri que não era apenas o sorriso dela que era divino, tão quão o próprio, divino era seus ovos mexidos, seu beijo, sua forma de me persuadir, me dominando com aquele olhar, que hipnotizava...

     Foi tão intenso e tão breve, o menos levante foi a nossa corrida, ainda assim importante qualquer momento relacionado a ela é o bastante pra ser comparado com um sonho ou um delírio. Mas não era ela se transforma na hora... As marcas na pele permaneceram por dias, as na alma permanecem até hoje.


     E viver essa lembrança me deixa “diferente”, o simples olhar dela me tira dos sentidos, sim, são todos dela, nesse curto espaço de tempo, eu sou dela, de pertencer mesmo. Seu corpo, seu jeito, seu toque... são poesia.  E as outras que me perdoem, mas quando vivo aquele fim de semana na minha mente, “as outras” são todas iguais.

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