Desculpem o palavrão, mas, a porra da vida é bem frágil mesmo. E como todas as palavras são clichês, todas as imagens vindas na mente naqueles 2 segundos mais longos da minha vida. O menino notou que cresceu, quando viu que Hollywood é só ficção, que não existe "continue" como nos videogames. Aquele vinha com ele, que já viu tantas fichas rolarem e vidas fictícias retornarem, quase perde a vida também.
Já tinha noção do quão frágeis somos, mas, bater com meu corpo em blocos de cimento, no meio de uma avenida movimentada me dá uma noção exata de como é de fato frágil, o nosso corpo. Por pouco, muito pouco, não estava aqui escrevendo essa breve história.
Vi ali, o choro da minha família, o corpo do meu primo, a tristeza dos meus amigos, a perca dos meus objetivos... Bem, ninguém aqui precisa ficar triste, estamos vivos e bem, prontos para virar o jogo e vencer, como sempre fizemos e faremos. Crescemos juntos, temos ideais parecidos, e até no perigo, a vida deu um jeitinho de estarmos na mesma, tanto que os conhecidos destacaram essa "união" hehehe
Não queria destacar a imprudência de quem causou o acidente, mas sim, a preocupação e os cuidados das pessoas que nem nos conheciam, mas que nos assistiram, ficando sempre ao lado, nos ajudando no que fosse possível naquele momento, me fazendo reacreditar na compaixão ao próximo.
Nem precisaria sofrer tudo aquilo pra entender quem se preocuparia e sentiria minhas dores, mas, foi bom receber o carinho das pessoas que me ajudaram a passar por tudo isso, sem distinção, todos foram importantes. Sim, estamos bem, grato.
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