O tempo inteiro,
por tempo indeterminado,
por mais que tudo tenha ido,
tudo terminado.
Todos aqui.
Por mais que estejamos sós,
nos dias de "nós por nós",
nos dias de fins,
palhaço que faz sorrir,
chora em frente ao espelho no camarim.
Todos aqui,
Enfim.
Todos aqui.
Nas vezes que o sangue seu era nosso,
do "tu" ao "vosso",
e todas as lembranças boas,
ruins e apenas as que completam,
tudo isso que chamamos de nosso.
Todos aqui.
De propósito,
a propósito,
o vazio ocupa um espaço imenso,
o meu é só vazio mesmo, tenso.
Como matar o que está, mas já morreu?
É vida em decomposição,
ou canção sobre reconstrução?
Sem mais, além de todos.
E todos aqui.
Todos aqui.
Em dias de eu por eu,
dias de eu contra mim.
Eu que escrevo o roteiro e me fiz vilão,
como se herói não me coubesse,
nem em ficção,
me pintando o anti,
duas personalidades em mim,
e têm dias que as duas querem meu fim.
Todos aqui.
Mesmo enquanto estou só,
e fim.
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