Assim como na outra vez, despertar foi como um mal súbito. Eu tenho uma opinião própria sobre os sonhos e os pesadelos, acho que o reflexo deles é o que pode aterrorizar ou não, levando em conta que os pesadelos são coisas ruins passadas quando a gente dorme, e os sonhos são coisas boas, então chegamos a seguinte confirmação: Bom mesmo são os pesadelos, pois eles acabam quando a gente acorda, já os sonhos, que deveriam se estender durando o dia, nem sempre podem ser reais, no meu caso, quase nunca. Portanto, prefiro os pesadelos, tem algo em mim que me acorda sempre quando "aquele" personagem ruim vai fazer mal a alguém, ou quando estou caindo, sempre acordo antes do chão chegar, e eu me esborrachar todo. Pois é, tinha sido complicado o último despertar, fiquei imensamente feliz durante 5 minutos, ai lembrei; o sonho tinha terminado, acordei, ofegante, suado, presente dessa doença indefinida que eu trago como o legado da minha displicência com minha própria saúde. Deixando de lado isso (mais uma vez sendo displicente comigo mesmo), as marcas da última chama ainda repercutem na minha mente, soam como um eco: "- Te amo... Te amo... Te amo..." Qual a imensidão do horizonte desse amor? Talvez seja surreal, mas como dito antes, acordar de um pesadelo é bem melhor que acordar dos sonhos.
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