"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

As Razões de Um Louco #14 - Quando te vi fiquei paralisado...

 Sabe quando você sente o cheiro uma só vez, e grava na mente como algo único de alguém, de um momento? Pronto. Era assim que ele se sentia logo após aqueles longos abraços. Algumas músicas marcam momentos... Mas dessa vez, os momentos marcavam as músicas, trilhas sonoras de situações estranhas e inesperadas, mas desejadas, e antes de existirem, amadas como se o fim estivesse próximo e fosse impossível evita-lo. Por isso o aperto, com isso a angústia, dai surgem as marcas, nas roupas, nos rostos nas almas... "almas" no plural talvez não exista no caso, o caso é que ela sentia que ele era parte dela, e fazia planos secretos, em que os dois eram um, mal sabia ela que ele fazia o mesmo em segredo. 

 Mas não era segredo o sentimento passado no olhar, as palavras ao pé do ouvido e a tremedeira na mão dela, quando ela segurou a dele num ato impensado, dizendo: - Tá frio aqui né? Ele sorriu concordando, mas sabia que era nervosismo por parte dela, eram 13:00 no Recife, o sol estava forte naquele domingo, e tudo que ele queria no momento era segurar a mão dela e disfarçar o nervosismo que ele mesmo sentia. Depois de um "quase beijo" a emoção era tão grande quanto se o fato tivesse realmente acontecido, mas eles sabem bem que a emoção seria ainda maior que aquilo. E os dois, que antes receosos com os acontecimentos recentes na vida de cada um, e queriam ser "livres", parecia querer um abraço eterno, e nunca foi tão seguro segurar a mão de outro alguém como naquele momento. Mais tarde, ela perguntou se estava tudo bem, ele não sabia ainda, precisava acordar daquele sonho, medir as consequências daquele sentimento. Ela não cultuava o sentimento falado, mas o olhar dela tinha dito tudo o que antes foi omitido por conta das dores e medos passados. Ele, por sua vez, exageradamente sentia, falava pouco, medo, o passado também não tinha perdoado seus sentimentos, tinha medo de "invadi-la" e traumatiza-la com as suas loucuras, seguia a regra dela de se envolver pouco, amar muito, e falar quase nada sobre isso. Mas... Naquela noite tudo foi diferente.

1 comentários:

  1. Querido escritor, você está apaixonado. Meus pêsames. Mas, falando do texto, parabéns, é quase impossível criar uma história tão envolvida em sentimentos sem que se tenha vivido algo parecido.

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