Ele era igual a qualquer criança, tinha dificuldades e virtudes, e na moral, sem coitadismo, ele superava cada coisa dentro de si, só ele sabia o que enfrentava na sua mente. Adversidades entre seus amigos, não chorava tanto em público, tinha medo de muitas coisas: De fracassar e decepcionar sua família, de fazer mal as pessoas, de ser olhado de cima para baixo... Mas em 99% das vezes sofria calado, chorava antes de dormir, e até criou um amigo imaginário, para conversar, na ausência de alguém que não compreendesse o que ele passava. Ele era intrigado com algumas questões, sua mãe dizia que ele era tão branco e diferente que suspeitavam que ele nem era filho do seu pai, agora negro, ele custava a entender o por que dele ter ficado escuro. É sério, ele tinha preconceito com a sua própria cor. Na verdade, ele só queria que todos fôssemos iguais. Na escola, nas brincadeiras, na forma em que as mães de alguns amigos dele o tratava, ele via que todos não queriam ele por perto, como se ele tivesse algo de errado. E ele criança, só queria ser aceito, não queria que as pessoas olhassem pra ele com nojo e desprezo.
Certo dia, ele brincava feliz e do nada perguntou a sua mãe: - Mainha, eu nasci branco, não foi? Ela respondeu: - Foi, por quê? E el prontamente falou: - Nada, era só que eu queria ter nascido negro mesmo! Acho naquele momento ele viu que iria não mais querer a mesmo cor em todos, mas sim, defender o direito de respeito entre elas. Ainda encontrou outras pessoas querendo-o diminui-lo por conta da sua pele, da sua classe social e por outros motivos. Algumas vezes se abateu por conta ignorância dessas pessoas, mas nunca mais se sentiu inferiorizado por nenhum desses motivos.
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