"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

As Razões de Um Louco #19 - Desejo programado

 E desde não sei quando ele já planejava e achava perfeito as coisas que eles falavam no seu relacionamento fictício. Era loucão, se sentia idiota, mas preferia ver assim à não ter isso em mente. Os dias eram vividos as vezes aos montes, todos as mesmo tempo. Sem sentido, sem destino, sem nada que o fizesse lembrar que eles passaram. As conversas eram quase as mesmas com todas, haviam alternativas sim, ele tentou levar adiante, sim! Mas algo dizia que aquela voz que o fazia sonhar acordado era mais relevante, ele precisava saber o por que disso... 

 Há quem diga que será uma perda de tempo e de sentimento, que tudo o que se passa nesse momento é algo personificado, como se realmente fosse forçado, como se o sentimento não existisse, e que todas as demonstrações de afeto não passam de fingimento. Mas veja bem, não é de hoje as demonstrações entre eles. Quando a vida apontava pra um caminho que os levavam pra longe, um deles não permitiam, a saudade dos momento ainda nem vividos estavam aumentando. Ela inspirava confiança, ele tinha tanta coisa pra falar, que nem a procurava. Ele sempre acho o sexo casual banal, bom, porém normal, como ir ali na esquina comprar o pão. Mas em outros casos, quando há sentimentos maiores do que os desejos apenas de ter prazer, ele achava que a precipitação seria um erro fatal.

  Deve ser por isso que ele sempre travava ao falar com ela, isso pouco acontece, normalmente ele arrisca tudo sem medo de perder, mas ela eu escolheu não perder, então esperou o momento certo. O toque das mãos foi de um encaixe perfeito, carregado de sentimentos de ambas as partes, depois disso nada foi igual, nada seria igual. As declarações foram perdendo espaço para as atitudes, as palavras perdiam espaço para os gestos. Não que elas deixassem de existir, o "Eu te amo" inesperado ainda estava ali no meio das conversas, porém os abraços e beijos toram conta de levá-los adiante. E eles escolherem viver dia após dia, esses eram o seu "eternamente". Caso amanhã não seja mais isso, e todas as palavras tenham sido meio que desperdiçadas por algum deles dois, eles vão lembrar da primeira tremedeira ao se ver, das mãos suadas e das vozes trêmulas e emocionadas dos "Queria você aqui agora". 

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