"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A vida continua, e o amanhã será melhor

Era só uma garotinha que morava no “meio do mato” e não conhecia a crueldade do mundo.
Ainda era pequena de mais para entender o que se passava, mas ainda assim sua mente que ate então, não quantia nem uma perturbação, passou a reparar no despercebido.
Sua mãe segura-a forte por sua mão, não a deixava se aproximar daquela mulher que estava sentada ao chão. Tinha medo de perguntar de por que ela estava ali, a senhora já tinha bastante idade, um rosto sofrido, e algo no seu olhar que não sei explicar. Não pedia nada a ninguém, apenas estava ali vendo as pessoas passarem, vendo o mundo girar sendo notada apenas por o tempo. 


 A menina comia biscoitinhos, aqueles que se encontra em qualquer mercado por um preço acessível a “todos”. Ela e sua mãe estavam paradas no ponto de ônibus esperando para ir a ultima consulta antes de sua operação, o que a deixava com um pouco de medo, mas que por pura marra não demonstrava. Foi quando ela parou de comer, e fechou aquele pacote em suas mãos, e ficou apenas observando: viu quando outra garotinha quase do mesmo tamanho dela sentou-se ao chão junto a velhinha e pediu comida. 


Não conseguia entender por que elas estavam ali ou por que todos fingiam não velas. A menina pediu novamente, mas velhinha não tinha nada a oferecer. Por que ninguém as ajudava, por que não as escutavam.  Foi quando cuidadosamente ela soltou a mão de sua mãe, e correu de pressa ate onde elas estavam, era quase ao lado, mas ainda assim ela correu. Olhou para sua mão que segurava com força aquele pacote e disse: - pega, quando eu for grande eu trago mais pra vocês...
 

Claro que sua mãe brigou com ela, mas ela nem notou, ficou apenas olhando para elas comendo, sentindo uma alegria, como se tivesse ganhado uma boneca de presente.
E naquele ultimo momento quando seu ônibus tinha chegado, elas se olharam uma ultima vez. Naquele rosto sofrido uma lagrima surgiu.
 E sabe o que mudou na garotinha, quando lhe perguntaram no hospital o que ela queria ser quando crescer, ela passou a responder que queria ajudar as pessoas.

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