"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

As Razões de Um Louco #32- O Recomeço do fim

Imagem: Reprodução/Internet 

- Ela merece estar com você bem mais do que eu mereço...
- Sim, merece! Mas eu estou com você, isso é um sinal de que eu lhe amo.

 Parece louca a fala acima, mas o merecimento é tão relativo as vezes...


 Há momentos na vida que nada podemos fazer pra mudar, nada! Tipo a morte, e foi isso que aconteceu semana passada, ela perdeu alguém importante, de uma forma trágica. Apesar da morte ser um curso natural de um rio que não podemos evitar, e por mais que sejamos sabedores disso, ainda é muito complicado lhe dar com ela. Eu tinha receio, tinha motivos pra ser assim, ela era inconstante e as vezes imprecisa no que sentia, tinha-a como uma amiga, ser mais que isso era arriscar minha situação emocional já abalada. Mas eu precisava fazer algo pra mostrar que estaria ali naquele momento difícil.


 Nem preciso dizer o "clima" do velório, sabe, eu nem conhecia aquelas pessoas, apesar de tudo me sentia perdendo algo. Há fatos que me enfraquecem muito, e ao mesmo tempo me fazem criar uma força descomunal, e ver ela chorar daquela forma me fez entender que eu não poderia vê-la assim sem tentar intervir para pelo menos amenizar... Um abraço, umas palavras, qualquer coisa, sei lá... O mundo desabava ao redor dela, e eu senti ali que ela era parte do meu mundo.


 Eu queria sempre achar explicação pra tudo, apesar desse sentimento ser um tanto irracional, como quase todos os outros são... Quem algum dia poderá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E eu sempre num ato idiota busca essa tal razão, e talvez até tivesse achado algo próximo a isso; a razão era simples, eu queria aquele abraço todos os dias da minha vida, até que ela enfim, tenha fim. O sentimento as vezes afasta, devido tamanha complexidade com que ele se apresenta, mas não é simples, as palavras saiam arranhando a garganta, o medo era tão forte, e eu sempre incrédulo, naquele momento contava com a sorte. Ela não veio, confirmando que eu não posso contar com ela. 

 Ela se foi, como da outra vez, e dessa vez foi para sempre. E eu não pude fazer nada pra impedir a ida. Meus abraços apertados sempre foram sinal de fim, de despedida, e deve ser por esse motivo que quanto mais eu apertava, mais sentia saudades. 


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