Uma vez disseram que só era triste quem queria... Mas, será
mesmo? Será mesmo que é a escolha de alguém, seja lá quem for esse alguém, de
sofrer simplesmente por querer? Será mesmo que os pulsos cortados não são nada?
Só servem para chamar atenção? Ou realmente essa pessoa sofre a ponto de querer
que notem a dor dela?
“Toda dor é
suportável, exceto para quem a sente.” Creio que você já deve ter ouvido essa
frase, e não custa nada lhe lembrar que não é comparando uma dificuldade maior
que você vai diminuir a dificuldade de alguém. Não é falando das pessoas na
rua, nem o quanto um deficiente físico se superou na vida, que você vai
melhorar a situação de alguém. O mais provável é que você piore ainda mais a
situação que já não era das melhores.
“Guarda os pulsos pro
final, saída de emergência.” Como num sinal de desespero, como se dissesse: “Tente
de todas as formas a sua vitória, antes de se mutilar.”, essa frase sempre
tocava meu psicológico quando era adolescente, lembro-me que uma vez, uma amiga
minha, ainda bem nova, cortou os pulsos. Ela tinha problemas de relacionamento
com a mãe, se sentia só, pois é filha única, não saia de casa... Eu sempre tentei
buscar alternativas para sair de um problema, nunca tinha me cortado, mas em
nenhum momento quis julgar as atitudes dela, o que eu poderia fazer, era tentar
tirar ela desse abismo sentimental.
Então, quando te falarem dos “pulsos”, preste bem atenção no
que você vai dizer. Os “pulsos” podem ser aquela bebedeira pra esquecer, aquela
droga que vicia, aquela loucura que lhe fez dizer ou fazer tantas coisas que
não deveria.
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