"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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domingo, 8 de maio de 2016

MAINHA - [Emicida - Mãe]



 Nossas mãos, ainda não, Sempre encaixaram certo... Não sabemos bem o dia que o Emicida resolveu escrever essa letra, nem quais elementos ele absorveu para escrever, mas é fato que as rimas rápidas e as palavras complexas as vezes utilizadas surtiram um efeito devastador (num bom sentido). O menino que passou fome enquanto fazia seus primeiros RAP's, tinha amadurecido bastante musicalmente, e nos presenteou com essa música maravilhosa "Mãe". 

 Como meu "pernambuquês" é muito latente, a tradução da música para minha língua é "Mainha", e como ele eu me pergunto; moça, de onde cê tirava força? Quando a comida era pouca, a família era grande e quase todos passavam por algum tipo de necessidade, e a casa da minha vô era a extensão da nossa, por falta do que comer. Desde cedo perseguia um sonho que agora foi deixado de lado, mudei de ideia ao longo dos anos, talvez alguns sonhos tenham prazo de validade, ficou apenas o sonho de vencer pela senhora, mainha. 

 Como nos outros textos, descrevi o amor que só foi escrito uma vez, bem longe da "era digital", quando ela disse assim; "Que Deus abençoe você sempre, meu filho. Eu te amo." Tava escrito ali, naquele cartão de natal. Tinha uns 6 anos de idade, mas até hoje lembro daquele momento, como de todos os outros em que ela brigou por mim e pela minha sobrevivência, sem me abandonar em nenhum momento. 

 Eu não achei na minha caligrafia sua letra, mas sempre escrevo as lágrimas molham as canetas... "Descreve o efeito dela, breve, intenso, imenso, a ponto de agradecer até os defeitos dela..."






"Desafia, vai dar mó treta quando eu disser que vi Deus
 ele era uma mulher preta." 
- Emicida

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