Quando eu era adolescente ouvia minha alma gritar
Isso se foi quando a mesma entrou em coma
Vi meu pai tomando um rumo diferente
Amigos virando estranhos da noite pro dia
Coisas palpáveis como abraços que não voltam
Importantes como uma declaração de amor
Tudo vai se transformando num labirinto de espinhos
Sem nenhuma exceção.
Quando observava atentamente a lua e mar
Nem sabia que eles tinham uma sintonia
Que um alterava a forma do outro agir
Que meus passeios seriam cada vez mais raros
Cada vez menos felizes
Repletos de uma tristeza que talvez seja criada em mim mesmo
Que mesmo olhando a lua
Mesmo vivendo um monólogo
Buscando estrelas
Como um astrólogo
Tropeços doem, mas nos colocam adiante
A vida continua
Juntando pares na mente
Buscando momentos contentes
Menino sem passado
Sem futuro
Sem presente
Presente
Na vida das outras pessoas
Da sua, ausente
Um sol poente
Que sei vai levando parte de sua luz
Deixando a lua
De cheia, à crescente
Sem mágoas, perdão.
Meu coração tem tantas incertezas
Vamos nos abraçar quando?
Amanhã, então...
De todas as dores
Quantos foram os amores
Lutas injustas
Problemas, rumores, em vão
Vilões e heróis
Essa pode ser mais uma precipitação
Entre todas
És a única exceção.
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