Como a imensidão... [Um edifício no meio do mundo - Ana Carolina]

"Eu que sonhei por tanto tempo em ser livre

Me prenda em seus braços

É o que eu te peço..."

 Essa música faz parte de mais um dos "castelos de areia" que minha vida me apresentou. Mesmo assim, ela merece ser lembrada, então fiz meio que uma paródia com ela. 

 "Os meus olhos cheios d'água não olham mais para o mesmo lado onde há aquelas imagens que fazem as lágrimas caírem. Teu mar vazio, antes cheios de emoções inexplicáveis e complexas como uma equação daquelas que a gente passa o a vida toda tentando entender. O fio que nos une e nos separou era uma linha imaginária, não vista a olho nu, mas entendida a cada gesto de carinho feito de um para o outro. Eu sempre quis o seu sorriso no correr das minhas horas, dias, meses... Mas quando ele se foi, achamos por bem você ir procura-lo, mesmo distante do porto que éramos um para o outro, seu sorriso ainda pode estar no correr da minha vida, e o maior desejo era a recuperação do mesmo. 

 Não faltava nada pra gente ser feliz... E agora? Agora também não falta. Por você dei mais do que eu tive, entre muitos que vivem sem viver um grande amor, hoje sonhamos eu abraços libertadores, me deixe voar, é o que eu te peço.

  Barcos vazios no meio chuva, edifícios solitários no meio do mundo, fortes, porém tristes, sem sentido, numa imensidão."