"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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terça-feira, 25 de outubro de 2016

(Não sabia bem o que dizer) - [Maneva - Luz que me traz paz]

"Refletiu nos meus olhos adeus solidão

Duas histórias que se cruzam sem intenção
Combustível pra alma minha inspiração
 Povoando minha existência e imaginação."



(Textão que reflete o momento atual da falta de existência espiritual do meu ser. Que remeta o que penso, sem transformar dor em música, sem glorificar muito a ladeira depressiva que eu desço sem freios nenhum.)



segunda-feira, 24 de outubro de 2016

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

FALCÃO - O CAMPEÃO DOS CAMPEÕES - [SINOPSE]

 Eu acordei de madrugada, tive uns pesadelos estranhos, enfim. A TV ainda estava ligada, e tava passando "FALCÃO - CAMPEÃO DOS CAMPEÕES". Já estava no fim, mas automaticamente eu me recordei que eu adorava assistir esse filme quando era moleque. 


 Em meados da última década do século XX, eu, que tinha poucos amigos, adorava fazer coisas com meu pai, uma delas era ver filmes da década de 80. Tudo bem, meu pai normalmente estava trabalhando, ou fazendo qualquer outra coisa que o impedia de estar sempre comigo e com minha irmã. De certa forma, eu nunca fui um garoto de chorar sentindo falta, mas isso não significava que eu não sentia. 

 Eu superei a falta, que só aumentou quando meus pais se separaram, ter momentos com meu pai ficou cada vez mais raro, muito por escolha dele mesmo. Isso não me causou rancor algum, eu era criança demais e não entendia os maus sentimentos da vida, acho que isso foi positivo para que hoje tenhamos uma convivência tranquila.

 Esse filme, esse filme... Era um dos mais fodas, eu gosta demais dele, não apenas por causa da relação pai-filho, mas porque foi o meu pai que assistiu comigo a primeira vez, e todas as vezes que ele era anunciado, eu chamava meu pai para ver comigo.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

As Razões de Um Louco #64 - Textos iguais

Você tirou todos os resquícios de fé, em um amor convencional, normal, clichê... Me tornando frio e mais cético do que sempre fui. Tudo bem, isso tudo parece ser bem ruim, né? De fato, no início de tudo, minha razão poética me dizia pra se afastar, mas, seu jeito me mostrou que sentimentos são melhores descritos com atitudes reais.

 Uma vez você me ligou nervosa, me dizia que eu era uma pessoa espetacular, que eu poderia estar confundindo tudo. Depois de muita enrolação, notei que você estava preocupada com minha saúde emocional... (risos), "Por favor não confunde." Acho que dizias em pensamento. A verdade é que eu te tranquilizei; "somos amigos, eu notei que era isso." Não menti, era isso até então.

 Percebi de uma forma leve, que não existia dor na ausência, nem lágrimas na distância, nem uma abstinência tão forte quanto já senti. Reflexos do convívio, a pessoa mais próxima, minha melhor amiga (mesmo sem ter declarado). Vi que é tão simples viver "sem", mas, tão prazeroso seria viver "com". Como numa música sendo alterada de contexto, sendo refeita dia após dia, uma conversa após a outra. Vi que eu nunca deixaria de ser o mesmo rebelde sentimental, que teria apertos no coração a cada choque de realidade que viesse de encontro às minhas definições de "amor".

 Amor, sentimento inexistente, ou indescritível. Você não acredita, mas, acredite, fez amor todas as vezes que cuidou, em todas as vezes que se preocupou, vai dizer que não, mas, amou. O texto estava feito, era simples, curto, tranquilo de se entender, sem rodeios.

 Digamos que essa carta aberta afete-a(o), parece que o que foi descrito até aqui é um spoiler do que virá, portanto, se cansou, se magoou ou algo esteja desmotivada(o) a ler o final, essa é a hora de dizer que sim! É clichê do inicio ao fim. Ninguém salvou minha vida nesse capítulo da vida, não! Não é algo que vai me matar cedo ou tarde, não. Mas sabe quando começamos a sair da zona de conforto por alguém? Quando repensamos tudo, quando somos convencidos sem se quer notarmos que estamos sendo mudados.

 Termino a mesma lhe dizendo que me perdoe, eu tentei tornar nossa convivência infernalmente boa, e ter compartilhado de todo o tempo que me dispus a fazer coisas com você foi muito bom pra mim. Me perdoe por não conseguir manter-me na mesma linha sempre. Agora, é tudo tão simples, que eu passei quase duas semanas pra terminar esse texto, incompleto e superficial.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

PERDÃO, ME APAIXONEI...

 Bem, queria lhe passar por meio desta, que nada foi programado (como sempre costumo fazer). Desta vez até tentei combater quando notei que indiretamente estava chegando onde achava que não deveria. 

- Olha, eu preciso falar contigo, mais tarde te ligo.
- tem certeza que tá falando com a pessoa certa?
- Tenho, mais tarde te ligo.

 Sabemos bem a tensão que paira no ar quando alguém diz: "quero falar depois", e como eu posso ter feito alguma besteira nesse meio tempo, isso torna tudo mais tenso ainda, mas... 

 Tarde, o telefone tocou, a minha insônia tava ainda mais ativa, eu sabia quem era, mas a ideia era saber do que se tratava. Então naqueles segundos entre meu quarto e a sala, passou-se um filme dos últimos acontecimentos. 

 - Oi, então, eu nem sei como começar... (aquele silêncio de quem quer perguntar, mas tem medo da resposta). 
 - Diga. 

 Sabe, naquela hora eu sabia do que se tratava, talvez fosse mais das minhas paranoias, ou tivesse torcendo pra que fosse... Não lembro exatamente a ordem das palavras, e tentei reduzir o incomodo que ambas as partes estavam sentindo ao falar naquele assunto.

  É complicado quando se quer falar algo importante, mas não queremos magoar, logo entendi, e falei: "- Eu já sei do que se trata, pode ficar tranquila, somos amigos, né?"
  
 Eu de fato pensava aquilo, de fato tinha essa ideia, porém, depois disso, as coisas embaçaram de um jeito... 

 Aí está feita a desgraça, ou não. Não quero que isso seja tomado como algo "pesado", ou como uma responsabilidade, não me dói a distância, não me maltrata tanto imaginar com quem estás, ou algo assim. Isso se parece muito com a minha insônia, não parecia que ia me manter acordado, mas fui caindo no sono, sem reversão. Não é necessário falar da amizade, acho que entre nós ela é bem clara, bem forte, por sinal, o que realmente quero falar, é das coisas que eu já debati e repeti várias vezes na minha mente, sempre questionando por que de ser tão complicado de reverter.




 Me perdoe, minha amiga. Eu me apaixonei.

 Além da amizade que temos, e que eu quero continuar tendo, sabendo que isso pode atrapalhar tudo, eu me apaixonei. 
 Me perdoe por transformar minhas "trilhas sonoras" de outras pessoas em sua trilha, por começar a identificar seu cheiro nas outras pessoas com quem cruzo no meu dia-a-dia. 
 Desculpe-me a falta de frieza, eu não consegui conter, e de fato eu quis.
 Levando em conta que sou metódico, eu sempre sei quando quero ou não me apaixonar, sempre sei onde posso entrar, isso sabendo que vou me ferrar, sempre sei onde posso arriscar, mas, dessa vez, eu realmente tentei evitar. 
 Espero que entenda que esse simples texto não é uma forma de lhe pressionar a nada. E que me deixe contemplar da sua irritante, engraça, afetiva, agradável, dolorosa, alegre, louca e exagerada presença. Quem sabe assim possa usufruir de mais dias legais como os que passamos sempre que estamos juntos.

 Esse texto começou a ser escrito quando as "outras" passaram a cada dia ter menos sentido, quando vi que "nem era isso tudo", comparando com o agora, só as decepções foram maiores. Quando deixei os "contatinhos" de lado sem notar, foram perdendo a importância... 

 Não tome esse longe texto como uma tentativa de lhe comover ou convencer de algo, mas caso ele lhe convença, me notifique dessa novidade, como ainda não tenho planos pra um "depois do texto", talvez possamos planejarmos juntos, ou não. 

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O TEXTO QUE NÃO DEVERIA EXISTIR


É complicado sim! Tudo. (Ou quase tudo). Mas, você notou que complicamos pela teimosia? Não estou falando que não devemos ter orgulho, mas, cabe sabermos perceber se certas lutas valem as feridas que elas irão causar. Quais caminhos iremos traçar, se eles valem nosso valioso e curto tempo. Quantas quedas sentimentais nós vamos nos dispor a ter, para ver outras pessoas serem felizes sem nem se importarem conosco. 

É, textos reflexivos são tão clichês, parecem sempre com palavras repetidas e não vividas. Histórias que não saem do papel, mas que todos enchem o peito pra falar da sua admiração por elas. Amizades surreais "contadas nos dedos", traídas pelo individualismo humano. Sentimentos e formas de sentir e demonstra distorcidas ao longo da "evolução" da sociedade. 

É, mais um dia de fortes dores emocionais e físicas, ou será que ainda estou dormindo num pesadelo do qual sei contar cada detalhe, desde o momento que eu imaginava que não seria atropelado pela depressão, até o momento em que falhei ao tentar por fim nisso tudo. 

É, evitei músicas que falam sobre sentimentos profundos demais. O que é estranho, normalmente, as pessoas colocam repetidas vezes elas para tocar, como se quisessem cutucar as feridas até elas sararem. Eu fiz o oposto, coloquei músicas "vazias", versos chicletes e bobos, queria esquecer que não posso desviar dos sentimentos, acabei lembrando. 

De certa forma fico feliz pelo baixo número de pessoas que vão se importar com esse texto. É sinal de que a tristeza não vai se espalhar pelas minhas palavras de hoje.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O que é racismo estrutural? // Silvio Almeida

 No vídeo, ele mostra até onde a jovem democracia brasileira evoluiu, ou não. Traçando paralelos entre sua fala e a sociedade atual onde vivemos. Mostrando exemplos simples, que muitas vezes passam despercebidos por todos nós. 



"O filósofo do direito e presidente do Instituto Luiz Gama Silvio Almeida, autor de "Sartre: direito e política" (http://bit.ly/2aJaNLA) destrincha didaticamente o conceito de racismo estrutural neste depoimento à TV Boitempo. Silvio Almeida é o coordenador do dossiê sobre "Marxismo e a questão racial" que estamos." 







terça-feira, 4 de outubro de 2016

As Razões de Um Louco #63 - Por essas e outras...

" Uma vez eu recebi uma ligação no meio da tarde, uma amiga me ligou pra jogar conversa fora. No meio dessa ligação conheci dois rapazes, um deles eu não fazia ideia de quão importante seria pra mim. O tempo foi passando e as ligações só aumentaram, ao invés de três, agora só existia ele... Então eu fui ficando obcecada por aquela voz. Vivia um amor sem explicação e eu ainda nem o conhecia pessoalmente, até que um dia decidimos nos encontrar (ou melhor ele decidiu ir na minha casa sem mesmo saber onde era). Então nos encontramos no ônibus..

Nossa eu nunca vivi um momento como aquele, parecia que ele era meu há anos, eu via amor no seu olhar, sentia amor no seu toque, e daí em diante decidi não mais viver sem ele. Minha vida virou uma loucura, para nosso azar morávamos distantes, e eu me vi louca por ele, aí foi minha vez de decidir conhecer a casa dele, sem nem mesmo saber onde era...
E assim o tempo foi passando, passando... Eu viajava pra lá, e ele viajava pra cá... E cada vez ficava mais difícil de deixar ele voltar. passou seis meses, um ano... E eu praticamente me mudei pra lá, não conseguia ficar em casa sozinha, não tinha ele pra almoçar biscoito comigo, ou o miojo que ele tanto ama... De repente já tava tudo lá! Um quarto pequeno, as vezes dormíamos no chão, mas o amor que eu sentia, nossa ... Não tinha tamanho.

Um dia desses assim qualquer, nos desentendemos, na verdade a gente sempre brigava, mas a gente sempre transava no meio das brigas, tava tudo certo, tudo resolvido... Certo dia não teve volta, eu decidi ir embora de cabeça cheia. O tempo foi passando e eu me perdendo de tudo aquilo, do todo aquele tempo maravilhoso que eu vivi. Mas o amor ainda tava lá, ainda está aqui, e eu sei que sempre vai estar. 

Hoje aquele rapaz ainda é uma pessoa importante, mas, infelizmente, não é a única. A saudade é grande ainda, hoje me pego lembrando dos filmes que ele queria que visse, como se quisesse contar tudo que faria por mim, tudo que queria me dizer... e eu terminava adormecendo no seu peito, e por isso ele assistia comigo de novo, de novo, e de novo... Apenas para que eu pudesse entender. Dos carinhos na madrugada, de todas as músicas que cantava para que eu pudesse dormir, mesmo sabendo que na primeira eu já tinha adormecido, ele continuava lá cantando por horas...

Esse texto deveria conter tantas coisas... Sua determinação, sua forma de nunca desistir de mim, o meio, o inicio, e o fim? Ontem, fiquei sabendo que grandes histórias de amor não têm fim."

- K. M.