"Mandume foi escolarizado por missionários protestantes alemães, naquilo que na altura era o Sudoeste Africano Alemão, a Namíbia de hoje, território ao qual ficou integrado boa parte do reino cuanhama e da sua população. Chegou ao poder em 1911 e seu reinado durou até 1917, coincidindo portanto com o período em que o poder colonial português se concentrou na ocupação efetiva, pela força, do território de Angola, conforme exigido pelo Princípio da Ocupação Efetiva da Conferência de Berlim."
Não atoa, Emicida é um dos maiores nomes da cena musical do Brasil. Com menos destaque do que merece, o RAP sempre trás traços com a realidade que não conseguimos ver nos tradicionais programas de rádio e TV no Brasil.
"É mais do que fazer barulho e retomar o que é nosso por direito
Por eles, continuávamos mudos
Quem dirá fazendo história, ter livro feito
Entenda que descendemos de África
E temos como legado ressaltar a diáspora de um povo oprimido
Queremos mais do que reparação histórica
Ver os nossos em evidência
E isso não é um pedido!
Chega de tanta didática
A vida é muito vasta pra gastar o nosso tempo
Ensinando o que já deviam ter aprendido
Porque mais do que um beat pesado
É fazer ecoar em sua mente o legado de Mandume
E no que depender da minha geração, parça
Não mais passarão impunes."
Vindo do nada, onde se mordia cachorro por comida, ele chegou longe, e trouxe consigo; Drik Barbosa, Amiri, Rico Dalasam, Muzzike e Raphão Alaafin. Outros nomes que ganham seu merecido destaque na cena Rapper.
Reprodução/YouTube |
Demorou, talvez esse que seja o RAP que nos remete à um manifesto, um "manual" de como devemos nos postar de frente com os preconceitos mais corriqueiros no Brasil, mostrando que não é "mimimi", que a vai haver reação sim! Se atacar vou atacar! Se tentar bater vou devolver! Não vamos nos calar! Mais revolução do que música!
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