"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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sexta-feira, 5 de maio de 2017

517 ANOS EM 4:51 MINUTOS - [Rashid - Esteriótipo]

"Um dos cinco moleques num carro no Rio
Podia ser eu.
Ou o Douglas que se foi no Jardim Brasil
Podia ser eu.
Ou inocente morto a noite ninguém viu
Podia ser eu.
E em nenhum desses casos cê nada sentiu, 
só se fosse eu!"


 Eu confesso! Não sei muito sobre o Rashid. Eu ouço algumas músicas e tal, mas eu tenho mais profundidade para abordar outros artistas. Mas, mesmo conhecendo-o há alguns anos, só vim dar certa importância ao seu trabalho depois que uma grande pequena garota que enchia meu saco falando do mesmo me mostrou uma música do cara.

 Emily, (minha fã enrustida hehehe) me despertou a curiosidade de acompanhar o Rashid desde então, e ainda bem, foi num momento de grande amadurecimento artístico dele. Um dos "três tenores", como diziam ele, o Projota e o Emicida, cresceu demais! E lançou uma música tão profunda quanto as marcas deixadas por esses séculos de exploração, preconceito, desigualdade, escravidão, limitação das "minorias" desse país. 

A música "Estereótipo" tem o devido nome, e a base da desigualdade descrita em suas linhas. o Geledés escreveu sobre; (Clique para ver). "Aqui somos alvos", disse o Rashid.

 Falando abertamente sobre as feridas sociais ainda abertas que temos. E que a p* da mídia maciça do Brasil mostra com olhares distorcidos, tentando modificar ou maquiar de uma maneira que agrade sua "audiência qualificada" em horário nobre, alienando e prestando um desserviço ao povo.



"Faz tempo que a rua não é fábula, vim tipo rábula 
Pelos meus com discurso pra encabular, Conteúdo! 
Boy, senta o rabo lá 
E me escuta, cansei do estábulo, não vou te adular 
Com essa Stabilo em mãos escrevi coisas que me levaram a confabular 
Na facul que você curte cabular 
Falemos de chances mas aviso 
Não existe igualdade pra quem tem que correr atrás de quase 400 anos de prejuízo."




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