"Um dos cinco moleques num carro no Rio
Podia ser eu.
Ou o Douglas que se foi no Jardim Brasil
Podia ser eu.
Ou inocente morto a noite ninguém viu
Podia ser eu.
E em nenhum desses casos cê nada sentiu,
só se fosse eu!"
Emily, (minha fã enrustida hehehe) me despertou a curiosidade de acompanhar o Rashid desde então, e ainda bem, foi num momento de grande amadurecimento artístico dele. Um dos "três tenores", como diziam ele, o Projota e o Emicida, cresceu demais! E lançou uma música tão profunda quanto as marcas deixadas por esses séculos de exploração, preconceito, desigualdade, escravidão, limitação das "minorias" desse país.
A música "Estereótipo" tem o devido nome, e a base da desigualdade descrita em suas linhas. o Geledés escreveu sobre; (Clique para ver). "Aqui somos alvos", disse o Rashid.
Falando abertamente sobre as feridas sociais ainda abertas que temos. E que a p* da mídia maciça do Brasil mostra com olhares distorcidos, tentando modificar ou maquiar de uma maneira que agrade sua "audiência qualificada" em horário nobre, alienando e prestando um desserviço ao povo.
"Faz tempo que a rua não é fábula, vim tipo rábula
Pelos meus com discurso pra encabular, Conteúdo!
Boy, senta o rabo lá
E me escuta, cansei do estábulo, não vou te adular
Com essa Stabilo em mãos escrevi coisas que me levaram a confabular
Na facul que você curte cabular
Falemos de chances mas aviso
Não existe igualdade pra quem tem que correr atrás de quase 400 anos de prejuízo."
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