Eu que pensei que isso tudo mudaria com a vida adulta, que a companhia dos meus fantasmas infantis seria extinta, vi eles crescerem junto a mim, cursando a "faculdade da vida" com bem mais maestria que eu, apesar de serem frutos da minha sombra.
Imaginava aos 25 anos, com filhos ao meu redor, educando-os com todos os ensinamentos que eu tive com minha mãe e meu pai, cada um com sua distinção, foram importantes demais para minha construção, além dos meus fantasmas, claro.
Já conversei com cadernos, blocos de notas, sms's e rascunhos de celulares. Troquei ideias com a lua, briguei com a força do mar, e quis ser mais forte que o mundo. Aprendi que os fracos sempre querem algo que os faça parecer menos incapaz, menos vulnerável às intemperes dos caminhos que somos destinados a seguir.
Creio que sempre teremos nossos momentos de reajuste mental, onde paramos para questionarmos, como faço nesse texto, ou quando olhamos do lado de fora da janela do ônibus, e parece que estamos vivendo no automático há tempos. É amigos, isso é viver.
0 comentários:
Postar um comentário