"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O MARCO, DO ZERO


 Era um dia comum, de felicidade comum. Passamos o dia todo deitados conversando, sorrindo, vendo filmes, transando... Um dia bem casal. Dormimos na minha casa, almoçamos, fomos pra dela, nos arrumamos, saímos.

 Encontramos a mesma turma, sorrimos, brincamos, ela bebeu por nós, aquele vinho que a gente adora, eu estava dirigindo, não deu pra mim naquele dia. Tudo era comum, casual, mas apenas quem está de dentro sabe perceber a delicadeza de cada momento.

 Nos afastamos um pouco da turma, ela já estava bem "alegre" depois da sessão de fotos que ela sempre me obriga a fazer, onde eu participo para guardar na posteridade o quanto a minha mina era e continua sendo linda. 

  É difícil dissimular quando se está embriagado, assim, soube de todos os planos dela, e sobre toda a admiração que ela tem por mim, e sei lá, parecia que todos os erros estavam fazendo algum sentido pela primeira vez na vida. Eu queria estar ali com ela, e era como se fosse a primeira vez de tudo.

  Não adianta ser mentiroso, dizer que nunca estive ali com outra, que nunca achei que era "para sempre" e que aquele onipresente vendedor de flores artificiais nunca me vendeu alguma de suas flores, se depender dele, ele vende até pra você dar ao seu amigo. Não adianta dizer que nunca ouvi tudo aquilo, nem que jamais acreditei em outras promessas, isso seria uma inverdade absurda, que nem ela acreditaria.

 Ela é minha fé, creio que disse isso algumas vezes, pois, depois de tanta surra emocional, ela me faz ter algo bem mais profundo, sendo que nem eu acreditava que poderia mais ter, achei que tivesse morto, jurava que tinha aposentado esse meu lado.

 

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