Em Agosto de 2016, dois jovens foram mortos por causa da "imprudência" de um motorista que sumiu do local do acidente, sem nem deixar seu nome, que só prestou esclarecimentos dias depois, e mal se sabe no que deu o caso, a mídia não se importou, nem pelo Ibope.
Mais recente, um jovem conhecido Leo, foi encontrado morto dentro de um canal aqui perto, ele era preto, pobre... A polícia, na data do crime, falou que o caso pode relação com homofobia. Ele engloba mais a estatística sobre a violência urbana no país.
Era um domingo, cedo da noite, um jovem cruzou um sinal numa avenida no Recife. Ele estava bêbado, com o carro bem acima da velocidade permitida, bateu em outro carro, matou três pessoas. Crime grave, que coube as punições que estão sendo impostas ao condutor. A mídia pernambucana caiu em cima, levantou o debate sobre o trânsito, a ALEPE (Assembleia Legislativa de Pernambuco) prestou homenagens às vítimas, cobrou rigidez sobre o caso. O que todos sabem é que um advogado influente, sua mulher, funcionária do TJPE, e seus filhos estavam lá, ah, e uma garota de 23 anos, grávidas de 3 meses também.
Vemos todos os dias, notícias sobre isso, o tempo inteiro, pois isso vende jornal, gera cliques e faz o Ibope subir. Vidas pobres não importam tanto. Eles eram "conhecidos" no Recife, digo, eles eram influentes, frequentavam a alta sociedade recifense. A babá, pouco falam sobre, tanto que ela é tratada, mesmo estando dentro desse caso, como segundo plano.
Vidas se perdem todos os dias, a violência está aí para todos, mas ela só choca de fato, quando alguém fora do círculo da miséria se prejudica por causa dela. Falam dos assaltos nas áreas "nobres" com mais clamor do que dos homicídios nos bairros periféricos.
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