Quando desejamos muito algo, alguma coisa que queremos bastante parece distante ou até mesmo quando suspiramos de sentimento por alguém, dizemos coisas do tipo; "tive um sonho tão bom", meu maior sonho é..." O que nos leva ao seguinte paradoxo: Será que somos vidrados pelo que não temos? Nossas maiores conquistas habitam o campo do "talvez", elas moram na imaginação, no imaginário mundo do "um dia eu chego".
A ilusão é real e nós adoramos vive-la! Meu grande sonho era te uma bike, quando criança. Podia ser velhona mesmo, não importava. Eu adorava sonhar com aquilo, e quando eu tive (já na adolescência), meus olhos brilhavam quando olhava no canto do quarto e via que ela estava lá. Ma esse brilho foi se perdendo, e eu criei a ilusão de que ter uma moto era ser realizado. Adivinhem, hoje queria ter menos medo de pegar um ônibus, queria vir mais vezes ao trabalho de bicicleta... Tudo por que a ilusão teve fim.
É melancólico para mim, ver que muitas das coisas que eu mais amo pode ser uma ilusão, e não confunda com mentira, as vezes não têm a ver uma com a outra. A mentira propriamente dita cria ilusões, mas a ilusão pura é o desejo que tu que queremos se realize, ou que aquela paixão seja real, o desejo daquele beijo que não veio...
Mas ela é essencial para mim, por exemplo, ela ameniza meu pessimismo demasiado. Talvez viver a realidade seja duro demais para ignorarmos a sensação mentirosa de que está tudo bem o tempo todo. Dizem que repetir mentiras as torna real, então, quando não estiver bem, repita para você mesmo.
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