Acostumado a viver coisas boas, na mente.
Sobre saudades, dores e traumas, na pele.
Me cobrando para estar lá, sem chances.
Falando de triunfo do fundo poço,
iludindo a mim, querendo beleza,
enquanto o espelho desmente.
Bebendo de ideias geniais,
as vezes achando que pisar é ser sagaz.
Crescer sobre as coisas,
falar sobre as coisas,
e ser mais que as coisas.
Ter visões grandes sobre perspectivas pequenas,
bestiais.
Querendo voar,
com correntes nos pés.
Remete aos navios que não entrei,
mas lembro história
Olho a cor, onde estou,
como estou e ser estar é o suficiente.
Sei que não somos apenas dor,
mas, o que dizer quando o básico é luxo?
Igual nem respirar fundo pra não morrer na abordagem.
Quando viver é insuficiente,
e na casa da gente chega as contas.
Chega as lembranças, os sonhos,
chega a bala, que de tão comum,
deveria ser chamada de bala achada.
Chega o dia de cantar alto,
e viver nosso "faz de conta".
Chega de escrever sobre mágoa,
lembranças, e morte.
Mas felicidade é sonho,
pretendo sonhar até viver,
o dia da minha sorte.
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