"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

O homem mais perigoso da cidade



Tipo;
sonhos
sons
respirações
inspirações
emoções...

Coisas que as vezes nem vemos,
motor que nos leva,
aquela brisa que bate,
fazendo a gente querer corpos,
tipo beijos, taças, brindando.

E eu queria ser paz,
esqueci que era caos
e que a calmaria
após a tempestade,
releva as marcas da distribuição.
munido de amor,
sou o homem mais perigoso da cidade.

Aquele olhar é uma arma pra mim,
e isso faz o "homem perigoso",
desarmado, e a contra gosto,
desalmado,
e com aquela arma apontada pro rosto.

Corria a mil por hora,
por hora, pagaria mais de mil por você.
Era depois, talvez, uma vida,
e eu era tudo agora.
E por necessidade,
você era desejo, quem sabe.
Eu era complexo,
em duas horas sem resposta,
ansiedade.

É sobre a calmaria,
inspirações,
emoções...
Mas se sentimento é tempestade,
e se era ali, comigo
o rei do meu pequeno,
armado e mal amado,
perdi a majestade. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

PAPAI



Professor
Mestre
Ensinou
Mostrou
Com carinho e dor
Seguiu
Voltou
Ficou...

O campo
A bola
O rádio
A atenção
A saudade
Os abraços
Faltaram...

Crescemos
Vivemos
Sobrevivemos
Exemplos
Bons e ruins
E o menino olhava da janela
Que espera longa era aquela
Hoje não precisa esperar mais
Tamo junto!
Papai...

NÃO É MAIS UM PEDIDO DE SOCORRO



E parecia fome de saudade
E cada choro na praça era salgado
E eu curtia o sonho,
Era doce, então essas lágrimas, agridoce.
Já até senti fome,
engoli.


Matei a fome que tenta me matar todos os dias,
com metade da capacidade,
da Silva, não Senna.
Morrer herói em rede nacional gera gigantismo,
Mas eu, mais um Silva.


Geraria uma busca por antecedentes criminais, 

meia dúzia no velório, 
o fim da poesia, 
luto eterno de uns dias, pena.

Alguns queriam a vida após a morte
Eu, uma fé tão forte,
pra não se sentir morto em vida.
Como se cada felicidade, fotos, fodas e praias.


Mostrassem porquê tanto corro;
é que quando eu paro, eu morro.
Felicidade utópica, tipo igualdade de classe.
Tudo que leram, era um pedido de socorro.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

INCÔMODO



Séculos pisando,
Achando normal,
Sentindo, no máximo, pena.
Agora criticam o empoderamento,
e ainda usam cabelo crespo como xingamento.
Pois vai ter mais da gente pra vocês,
desde 1997 a fúria negra ressuscita todo ano,
mais uma vez.

Em 2007 era pivete,
corria atrás de bola.
Dava pouca atenção pra escola,
e têm coisas além das escolhas,
E eu não vi ascensão por ela,
destino era viver tentando viver,
até o dia que alguém acabe com minha vida.
Queria a faixa, o 10 nas costas.
Hoje é estresse, 
dores e o peso de ter que ser duas vezes melhor.
Disseram que dava pra competir de igual pra igual,
enquanto a gente trabalha de sol a sol,
boy rico que nunca passou fome.
Pagou os melhores colégio enquanto critica cota.

Eu pisando em caco de vidro, 
esquecendo que foi em que quebrei.
Pedra na vidraça, 
e meu teto de vidro se foi!
E eu vendi o almoço que tinha,
e rezei para a Deusa Lila,
fazer aquele feijão gostoso pra eu comer depois.

Obrigação de ser insuperável, pela raça.
Herdei a desgraça e faço questão,
de ser um meteoro nas vidraças.
E ser anti-herói,
mais que pedra no sapato, 
e que nossas ideias de fato, 
assassine nosso algoz.