"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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terça-feira, 15 de setembro de 2015

As Razões de Um Louco #21- Programado

 É muito louco olhar os lugares que eu andei e pensei que sempre ia doer quando lembrasse do passado. Pois é, nem eu esperava. Mas como tinha dito antes, a dor passaria, as lágrimas secariam as lembranças seriam abafadas pelo momento.

 Eu sai de casa com um pouco de incerteza ainda, as vezes os caminhos eram tão iguais, e eu torcia sinceramente pra que viessem outro momentos, que eu tivesse outras felicidades e até outras dores. Essas já estavam me incomodando demais.


 Eu iria à beira-mar, gostava tanto disso, mas sempre era doído demais. Mas como tinha planejado antes, tudo iria passar. O "para sempre" seria substituído pelo "todos os dias", pois a eternidade é tão longa e cansativa. Prefiro todos os dias.


 Ela sempre pareceu uma pessoa "namorável" pra mim, por mais antissocial que nós dois somos, sempre via ela como uma pessoa que eu não queria ver longe. Melhor; queria ver cada vez mais perto de mim. Lembro-me bem como eu sofria sem que ela soubesse, sentia falta sem que ela entendesse... Foi quando eu me toquei, precisava fazer falta para que ela reparasse.


 Me programei como se fosse numa premonição (bem clichê né?), pois bem! Ela me amava (eu não sei como, eu não sei quando começou), e eu acreditava nisso. Eu que sempre era desconfiado, sempre dificultava, eu que sempre tentava afastar, com ela sempre fazia o oposto. Eu tinha uma lista metódica, onde estava escrito as minhas "regras de boa convivência", quem iam de 1 a 15.


 A regra 7 dizia: - "Não segurar as mãos de uma garota/mulher como se fossem um casal, a menos que ela seja sua namorada." Estranho, mas eu sempre dessa, pois deixei pessoas magoadas, segurar na mão de alguém é tão importante pra mim, que eu buscava uma "conexão" quando isso acontecia, e a imagem dela sempre impedia que isso acontecesse com outras pessoas.


 Imagino eu que a minha mente tomou vida própria, pois parecia haver conexão apenas com ela, mesmo sem nunca ter segurado em suas mãos. Mas isso tudo ia mudar...

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