"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Devaneios #01 - Uma porta que se fechou

Foi um abraço normal, mas que fez ela estremecer, seria o melhor aniversario de sua vida, sentir ele perto dela, tão perto que podia sentir seu calor. Embora por poucos segundos, mas para ela estar nos braços de alguém que ela amava tanto (ou pensava amar, afinal mal sabia o que era o amor). Ela sabia que precisava soltar seu corpo, pois havia pessoas de mais ali para que aquele abraço não acabace, sentir seu cheiro a fez ela querer mais do que apenas aquele abraço.

Foi sua primeira paixão, foi a primeira vez que aquele coração foi quebrado. Foi apenas uma bobagem de “criança", mas que fez com que ela se tornas-se tão insegura. Ela foi tão ingênua, como toda menina em sua idade, achou que se ele soubesse que ela estava apaixonada, deixaria todas e ficaria só com ela. Mas ele era apenas um menino, não estava nem ai para o que ela sentia, ela nem era a mais bonita da escola, ou a mais desejada por os garotos da sua idade.

Desigual a ele, que era o mais desejado, a mais bonito (na opinião dela), o mais elegante, enfim (...) o melhor em tudo.

Se entregar por completo, foi seu maior erro, se ao menos ela tivesse tido o cuidado para que só estivessem eles dois, em seu momento de declaração, mas sua paixão a deixou sega por completo.

Ele poderia ter sido pior claro que sim, ele poderia ter feito mais uma das suas “brincadeiras”, estava mais que acostumado a dizer não a meninas e ainda brincar com o que elas sentiam ( ou diziam sentir). Mas com ela, ele foi tão diferente, antes mesmo de responder, ele a tirou do lugar onde estavam sendo rodeados por pessoas, e a levou para um lugar onde estavam apenas eles os dois.

Ali aquela menina saltitava de alegria, mal sabia ela que tudo que estava imaginando, nunca iria acontecer. Quando seus olhares se encontraram, o lindo sorriso que havia no rosto dela desapareceu.

Como foi difícil para ele olhar para aquela menina e dizer que, não sentia nada por ela, ao menos não amor.

Mas para ela, foi impossível, antes mesmo de suas mãos chegarem ao rosto, suas lagrimas já haviam sido derramadas, nem ela mesma sabia o porquê doía tanto, mas doía como nunca tinha doido antes, doía de uma maneira tão forte e intensa, quando o sentimento que sentia por ele.

O desespero no rosto dele veio à tona, mesmo não a amando, ele jamais quis fazê-la sofrer, por um instante ele cogitou em tentar, em voltar e falar a todos que eles estavam juntos, mas não se escolhe de quem gostar, e isto tudo só faria com que ela sofresse ainda mais. Ele tentou abraçá-la, mas antes que ele pudesse tocar seu corpo, ela saiu correndo, passando por todos com lagrimas explicitas em seu rosto. Fugindo sem nem ao menos saber do que exatamente.

Mais do que dor, ela sentia vergonha, por ter contado e por muito tempo não teve mais coragem de se quer olhar diretamente para ele.

Foi como fechar uma porta do seu coração que havia acabado de abrir.



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