"O pensamento deve ser tão livre e extenso quanto o céu, que não prende ninguém, e ainda dá espaço pra que se possa voar."


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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

"Apenas mais uma..."

Imagem meramente ilustrativa. Reprodução/internet
Creio que muitos que lerem esse texto vão acha-lo triste, porém, infelizmente os fatos que ocorrem na história compartilhada aqui, são comuns e cruéis. Tão normal quanto encontrar um animal na rua, é encontrar pessoas na mesma situação. E isso deixa muita gente mal, mas até onde vai a bondade de alguém ao se deparar com tal situação? 

"Quase nesse momento, no dia 06/10/2015, resolvi que iria em Casa Amarela, comprar umas coisas que seriam úteis pra mim. As vezes passava nos ônibus e sempre via que ao lado de uma farmácia, uma senhora sempre estava sentada no chão, pedindo dinheiro à quem passa. Acho que é tão comum pessoas pedindo dinheiro nas ruas, nos ônibus e etc. Que ninguém reparou na senhora, as pessoas que trabalham/estudam por ali já devem estar acostumadas com aquela situação. Mas eu tenho um lado bom que me faz mal, às vezes. Muitas vezes com apenas água na geladeira, eu queria mudar o mundo.
 Eu passei por ela, por trás, pra ser mais exato, e fiquei com o coração na mão. Entrei na loja, comprei o que tinha que comprar e segui meu destino. Por um momento eu pensei em fazer igual a maioria das pessoas, tenho problemas meus pra resolver, não posso fazer muito por ela, seria conveniente deixar isso pra lá, tantas pessoas estão na rua... Mas o lado humano não me permitiu, peguei o resto do dinheiro que me restou (quase nada), e decidi falar com ela. Ela tinha dificuldades na fala, me abaixei, ela pensou que eu fosse fazer mal, disse que era "crente", eu disse que não iria fazer mal. Ela então explicou com dificuldades que já tinham roubado ela ali, pediu desculpas e chorou. E nesse momento eu vi que mais que o dinheiro, ela queria respeito... Ela não tinha isso. Fiz o que tinha que fazer e segui com o meus passos, e na moral, me senti meio bosta pela 100º vez em menos de 2 meses, eu não era nada ali, as pessoas ao redor nem se importam com aquela situação. Era só virar à esquerda na Estrada do Arraial, em frente a um dos bancos, tem um senhor que nem pode andar, creio que ele mora por ali mesmo, me corta a alma quando passo por ali, eu me sinto tão inútil.

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