"Quer saber o que me move?
Quer saber o que me prende?
São correntes sanguíneas, não contas correntes
Não conta com a gente pra assinar seu jornal
Vocês descobriram o Brasil, né? Conta outra Cabral
É um país cordial, carnaval, tudo igual
Preconceito racial mais profundo que o Pré-Sal
Tira os pobre do centro, faz um cartão postal
É o governo trampando, Photoshop social
Bandeirantes, Anhanguera, Raposo, Castelo
São heróis ou algoz? Vai ver o que eles fizeram
Botar o nome desses cara nas estrada é cruel
É o mesmo que Rodovia Hitler em Israel."
Quem me apresentou essa música foi uma menina, negra ela já tem muito com o que lutar mesmo sendo tão nova. Ela me disse: - Já ouviu Inquérito? Bom, confesso que tava sou bem preso ao que já conheço, e muitas vezes deixo de ouvir, ver, e conhecer novas coisas, pois de certa forma sou conservador com isso, mas resolvi ouvir. Muito obrigado, Júlia.
De certa forma o RAP é muito mais que apenas um beat e uma rima, é protesto, é tapa na cara de quem quer colocar debaixo do tapete um preconceito, um passado, ou qualquer coisa que a maioria da sociedade quer esconder, depois de ter batido durante muito tempo.
Essa música é meu mais novo hino! Vou ouvi-la todos os dias, vou buscar novos horizontes, pois eu aprendi com Júlia, com esse simples gesto, que é sempre bom estar aberto ao que pode ser benéfico à nós. Espero que gostem da música e que se apropriem da mensagem que ela quer passar.
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