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quinta-feira, 12 de julho de 2018

Croácia: O fascismo tem um representante na Copa

 Tardou, mas não falhou. O nazi-fascismo tem um representante na Copa do Mundo, e não houve nenhum recato de seus jogadores em admitir tal alcunha. Primeiro com o zagueiro Demagoj Vida, fazendo a saudação “Glória à Ucrânia!”, de cunho fascista e xenófobo, e agora com os jogadores croatas entoando o cântico Bojna Cavoglave, da banda Thompson, que faz apologia ao colaboracionismo da Croácia com os nazistas durante a Segunda Guerra.

Mais que apologia, a banda é um bastião cultural em defesa do Ustaše, milícia nazista que atuou na Croácia entre 1929 e 1945, e acreditava num país “puro”. Seus membros foram responsáveis por milhares de assassinatos de judeus, sérvios, ciganos e todos aqueles não arianos. É uma mistura de nacionalismo, nazismo e cristianismo.





A saudação de Vida não é menos grave. O regime ucraniano, em guerra fria com a Rússia após a anexação da Crimeia, tem clara inspiração fascista, inclusive na utilização de tal simbologia no conflito com os russos. Deixando claro que, pelo lado dos russos, não há sinais de progressismo, muito menos de uma perspectiva socialista/anarquista sustentável. Nessa guerra, entretanto, existe um lado a ser combatido: o lado fascista, capitaneado pela Ucrânia.

Impossível acreditar que os jogadores “não sabiam”, ou que entoaram tal cântico sem conhecimento do que representa. Mais fácil crer no contrário, já que, como amplamente divulgado, pelo menos na Europa, a seleção croata se tornou um local confortável para os nazistas.

Em meados de 2014 postamos a série “Jogadores fascistas pelo mundo”, que teve boa repercussão na página. Não à toa estava lá Simunic, capitão e grande ídolo da seleção croata simpatizante do nazismo. À época, Simunic havia sido proibido de participar da Copa do Mundo realizada no Brasil por entoar cânticos de exaltação a Ustaše.

O técnico Ante Caci, que dirigiu a Croácia entre 2015 e 2017, chegou a nomear Simunic para coordenador técnico da equipe. Segundo Cacic, o zagueiro nazista é "símbolo de honestidade e integridade no futebol e uma pessoa querida entre os jogadores e em grande parte do público"

A Croácia vem sendo, desde os anos 1990, quando se deu a guerra de independência – esta comandada por soldados conectados intrinsecamente ao colaboracionismo com o nazismo – um terreno fértil para o desenvolvimento dos ideais de Hitler. No ano passado, retiraram de uma praça de Zagreb uma homenagem ao líder antifascista Tito, conhecido por reunir todas as nacionalidades na antiga Iugoslávia, para colocar um lema de homenagem a Ustaše: "Za dom spremni" (Astutos para a Pátria).


Texto: Palmeiras Antifascista

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