Há um grande erro da minha parte em achar que tudo deve ser como eu quero, tendo em vista que não foi assim em momento algum, nem na infância, onde deveríamos acreditar em todos os sonhos, lá, você me ensinou, e aí eu ouvia muito mais, que a vida ia bater muito, e eu teria que ser resistente. Onde foi que essa ideia se perdeu em mim?
Você também falhou comigo, assuma! Eu esperei que pelo menos as porradas fossem mais visíveis, sei lá, me matasse logo, me fizesse perceber que algo está errado, porém, você está me matando à conta-gotas, poderia acabar como com essa dor?
Sabemos bem que você faz como quer, mostra as oportunidades que deseja e praticamente diz quem mentalmente vence a luta, mas, da próxima vez, me escolhe? Ou pelo menos me deixa sentir que venci o medo, me ilude, faz alguma coisa para que tudo pareça andar a passos firmes.
Eu lembro de quando meu sonho era ter uma bicicleta, juro, meu sonho era ter uma bicicleta. E eu via meus tios, exemplos para mim, saírem de de bike para ganhar a vida, e eu ficava achando que eles eram super-heróis, eram mesmo. Deles, herdei o dom pela oficina de mecânica, a barba no rosto e parte do gosto musical. Eu adorava a música que dizia: "Quando será o dia da minha sorte? Sei que antes da minha morte, eu sei que esse dia chegará.", Eu ouvia aquilo, e aos 7 anos de idade, já me perguntava.
Amadurecer é meio que aceitar que os sonhos são gatilhos, motivadores, importantes, decepcionantes. E que devemos encontrar a linha entre aceitar e ser rebelde, ler histórias e questiona-las. Querida vida, eu encontrei, só não me faça cair tanto assim.
0 comentários:
Postar um comentário