Punho fechado como um pantera negra
Duas ou mais batalhas e a mente em chamas
ecos de dor entre as lembranças da minha vó
onde a garganta arranha
as vezes a derrota ganha
a vida vem de cima pra baixo como uma marreta
Era jovem e só queria bu...
Agora a calmaria do tédio incomoda.
Aqui se foge a regra do ditado,
e se fosse bom a coisa estaria preta.
Mas tá tudo branco, claro
"lá vem mais pessoas"
pega essa dor aí e me dá
Sou mestre nas letras e no disfarce
a convivência com bonecas me deu o dom
me dá essa tristeza que eu mascaro.
Era sempre passageiro em carro desgovernado
movido a ódio contra quem acusa a cor.
Mainha não me deixava dormir sem vencer,
e sem dizer, sem perceber, quem leu sabe
Era tudo amor.
Comida era contada
lá em cima do morro histórias de dor viram contos de fada
Vendem Alcides como herói
o lucro fica pra lá, miséria pra cá.
Estado algoz
Antes, durante e após.
Não vai pensando que conto por mim apenas
Conto por nós
Nós prendem a dor no pescoço.
Sinônimo de prisão.
Se abaixa a cabeça leva pisão.
Se pude devolver, bata forte como o coração!
Se puder queimar, que seja como paixão!
Se te apontarem o dedo, esfregue a cara no chão!
Se te derem desdém, vai ter desprezo então!
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