De humanas, frio igual robô.
Andei fazendo contas,
Sobre mim, a quantas ando.
O quanto andei,
feri e bati.
De cara na dos outros,
de cara na porta,
sobre física quântica,
entendi zero sobre.
Essa conta ainda não fechou.
Contei os dias de fome,
as músicas no fone.
Achei que ia ser foguete,
camisa 10 da minha área...
Cheguei aqui onde não sei, lamente...
Caí, e nem marcaram o pênalti.
Escrevi e nem leram,
nem eu me li.
Eu chorei e pouco importou,
"para de chorar e vai, menino".
Não era nada de novo,
até Jesus chorou.
Subtraí as coisas ruins, que foram boas,
mas, hoje são ruins.
E as boas, sem querer, se foram.
Somando tudo, talvez tenha ganho algo.
Dividi sonhos, lençóis, alegrias...
distribuí corações partidos, sem querer.
Efeito colateral,
Multiplico sorrisos, eles são meus,
seus, por isso somem de mim, enfim.
Fiz de conta que não doía,
fizeram de conta que entendiam,
fiz as contas e vi que tudo isso não cabia,
falei de amores, sabores, dores
e flores.
Escrevi de cima, como se fosse bom nisso,
mas vi que não era bom em exatas.
Exatamente falando, nem liam o que eu escrevia,
percebi que sou menos o humano do que podia,
pensei menos em mim,
pensei poesia e sexo todo dia.
Nem de humanas, nem exatas,
escrevi sobre o que queria,
mas, nem disso eu entendia.