Lembro-me bem da minha irmã dizendo que tinha um filme muito bom, o gênero era romance, tudo bem, apesar de eu estar naquela fase em que o adolescente parece ter a necessidade de mostrar ao mundo o quanto é hétero, então normalmente os garotos da minha idade só assistiam filmes de guerra, luta, ação, ficção científica... Por isso era meio que um "tabu" dizer a algum deles que eu curtia coisas românticas. Hoje não tenho mais esse receio, mas vai entender a cabeça de um moleque de 16 anos.
"Nós vivemos aquele verão com mais amor que a vida inteira de muitas pessoas, e depois ela partiu, com a sua fé inabalável."
O filme fala da fé, não apenas num Deus superior a todos, mas do "acreditar na mudança", a jovem Jamie é uma garota metódica, tem uma vasta lista de coisas que pretender fazer na vida, como se tivesse tudo programado isso durante sua infância até então. Bela, porém não se vestia ou se comportava como as demais garotas do seu meio social. Isso fez ela quase passar despercebida na escola, era basicamente lembrada apenas nos zoações, mas com um sorriso no rosto, ela desfazia qualquer tipo de constrangimento.
O papel de vilão/mocinho que o Landon interpreta um papel na vida da Jamie, como o pai dela cita no final do filme, ele veio pra ser o milagre da vida dela, ela o salvou. Ele é aparentemente igual aos outros, ela consegue enxergar algo que nem ele conseguia ver. Por outro lado, ele fez ela ser um pouco menos automática, se antes ela tinha apenas uma lista de desejos, agora ela buscava realiza-los.
As cena em que ele pede a mãe para ensina-lo a dançar são representativas demais para mim, afinal se tem algo na vida que eu não sei é dançar, então eu me vi ali. Entre outras cenas tão reais quanto a própria vida "real", como quando ele vai pedir ao pai dela pra puder sair, quais as chances do pai negar? Muitas! E nessa cena eu já estive algumas vezes, mas como Lendon diz: "Tenha fé". Dar o nome dela a uma estrela foi o ápice do romantismo, creio que depois disso vários quiseram fazer o mesmo (inclusive eu).
Apesar de já ter havido outros filmes do mesmo gênero antes desse, e tantos outros depois, esse é bem marcante para mim. Creio que os filmes são baseados em fatos reais, e que a função deles é difundir esses fatos de forma positiva, e esse tem uma função didática também; ter fé no amor, viver o que se tem que viver, acreditar.