Uma nova paixão!

Desculpe-me, mas tenho sentimentos. Digamos que sou diferente do “normal”. Apaixono-me ate mesmo por um simples sorriso.
Sou um pouco metódico em relação a demonstrar o que sinto. Talvez por ter sofrido de mais com as pessoas “erradas”. Mas quando me entrego a uma paixão, é por completo. E quando descubro que foi mais um engano, o sofrimento que sinto é como se parte de mim estivesse morrendo.
No mundo em que vivemos esta casa vez mais difícil amar verdadeiramente. Mulheres usam joguinhos o tempo todo, e quando estamos acreditando que um relacionamento ira dar certo. Descobrimos que foi apenas mais um jogo, mais uma brincadeira.
Quando paro para pensar em um futuro, me vejo ao lado de alguém realizando sonhos, descobrindo novos horizontes, conhecendo o “mundo”.
Mas quando vejo meu presente, vejo mares de duvidas, de incertezas. E meu passado, tenho ate medo de lembrar, foram tantos erros, tanto sentimento desperdiçado.
Mas sei que meu futuro não depende do meu passado, e sim de quais atitudes devo tomar em meu presente.
Meu negativismo me impede de ver exatamente um futuro brilhante.
Estive pensando, no quanto tenho aprendido ultimamente. O sofrimento ensina a viver, ensina a ser feliz sozinho. Estou aprendendo a desfrutar melhor dos pequenos prazeres da vida, como uma boa conversa com amigos, ou uma boa partida de vídeo-game.
Percebi que muitas vezes é preciso tempo para adquirir ainda mais conhecimento. A cada erro tenho selecionado melhor.
E sei que estou começando a me apaixonar novamente, e verdadeiramente, mas espero que esta paixão seja duradoura e me traga bons resultados. Com o tempo aprenderei a dizer menos não e mais sim.
Estou quase completamente apaixonado, e desta vez me vejo viajando o mundo e navegando em um mar de certezas.
Estou apaixonado por a vida. Vou esquecer o passado e viver minha paixão.

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Por que mentimos?

Por que mentimos ?

 Mentir ou não falar toda a verdade. Para quem pratica tal ato, sempre terá uma explicação plausível. Mas a um julgamento de que mentir sempre será a pior opção. 

Em parte concordo. Mentir sobre o que sentimos por exemplo. Será uma mentira que logo será descoberta e causara certa dor em ambas as partes.

 Mas sejamos realistas, quem nunca mentiu? Muitas vezes se torna mais que necessário. É como se a mentira estivesse junto com a esperança.

 Quando alguém esta em fase terminal de sua vida, por uma destas doenças que a ciências ainda não descobriu a cura, seus parentes amigos e conhecidos, jamais iram falar a verdade. Mesmo que quem esteja nesta fase tenha consciência de que ira morrer, ainda assim as mentiras de que irá ficar tudo bem, é reconfortante, é o que nos da esperança. 

Quando estamos bem de saúde ainda assim a mentira é necessária.

 Quando terminamos um relacionamento, é inevitável escutar e acreditar nas pessoas que nos dizem que vai ficar tudo bem. Que vamos superar e vamos esquecer.

 Acreditar nos da forças para não desistir no primeiro termino. E mentimos ate para nos mesmo, que ira realmente ficar tudo bem e que vamos conseguir esquecer.

 Mas a verdade, é que não podemos esquecer alguém que nos fez feliz, da mesma forma que não podemos esquecer quem nos fez sofrer.

 Então por que esqueceríamos alguém que nos causou os dois sentimentos.

 E mais uma vez a mentira se torna necessária.

 Concordo que pessoas usam a mentira muitas vezes de forma incorreta. Para machucar, enganar e fazer sofrer. Mas assim como a verdade, a mentira é algo necessário. E não me venha com hipocrisia de que nunca mentiu. 

Acredito que nunca tenha mentido da forma errada. Mas não a ser humano que nunca tenha mentido. 

Não se culpe, assim como você já mentiu, já mentiram para você.

 Sempre ira ficar tudo bem, o mundo não ira acabar só por que você teve uma atitude incorreta. O fim não esta próximo. Então não se culpe tanto. A culpa do caos que estamos vivendo não é sua, você tentou ajudar. 

E não estou mentindo, estou apenas estou cultivando a esperança.

 Mentira será se eu disser que existe diferença entre mentir e cultivar esperança.

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Sobre nós dois, ninguém nunca vai saber de tudo

Segura. Foi assim que me senti quando você me abraçou. Saudade quando me largou. Carinho quando me tocou. Eu poderia ficar por horas e horas descrevendo tudo o que sinto e que senti. São tantos sentimentos, tantas emoções.
Mas prefiro deixar tudo em segredo. Tem algo em mim que tenta me impedir de demonstrar exatamente como me sinto. É inexplicável talvez seja medo.
Eu só tenho um pedido. 

Abraça-me bem forte e não me largue mais, deixa-me sentir segura por mil anos?
Tem algo em você, eu ainda não descobri o que é... Mas tem algo que me encanta tanto, que tenho medo de me aproximar de mais e acabar me apaixonando. Mas veja que bobagem, eu falo como se já não estivesse apaixonada. Na verdade minha marra me impede de estar totalmente apaixonada por você. Não é sem motivo que sou a sua marrentinha não é mesmo.
Sentir-te tão perto e ao mesmo tempo tão longe, me deixa tão insegura. Vem cá e me abraça logo, por favor, não deixa o meu medo me afastar de você. Prove-me que você é diferente dos outros garotos que eu conheci, não desista de mim. Suporte minhas crises de drama, meus momentos de insegurança, seja meu príncipe encantado, ao menos por alguns minutos e eu sei que esta insegurança vai ir embora. 

Mas eu não vou mentir. Minha marra nunca vai sumir minhas crises não vão diminuir, mas tudo pode ser mais divertido se você estiver do meu lado. Diga-me que você não vai embora, que não vai me esquecer na primeira oportunidade. Só não me prometa nada. Eu não suporto promessas em vão. Apenas faça. Faça tudo diferente desta vez, não deixe há distancia o tempo nem minhas maluquices nos afastar. Faça com que eu seja a sua marrentinha e eu você vai ser o meu queridinho.

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História sem fim

Eu não preciso tocá-lo para senti-lo. Eu não preciso ficar cara a cara com você para conhecê-lo. Eu sei de quase todos os seus sentimentos, eu o conheço como se o acompanhasse desde criança.

Você tem segredos, fascínios, vícios e defeitos. Estou sempre o enchendo de perguntas e muitas vezes tenho medo das respostas. Eu me habitue a você, gosto do jeito que me trata. É tão espontâneo, tão cheio de sentimentos. Eu não sei quando isto tudo começou, e não vejo um fim. Pela primeira vez eu não consigo imaginar algo que vá me afastar de você, não vejo algo que vá por um ponto final em nossa historia.

 Se nem a distancia foi capaz, não foi criando ainda algo que possa. É tudo tão mágico, sem nem uma explicação no meio do dia me pego pensando em você, lembrando das nossas conversar. E imaginando qual será a próxima. Tenho medo que você me abandone, mas ainda assim você me traz uma confiança, é algo tão contraditório. 

Meus medos, toda minha blindagem parece inútil contra você. É tanto sentimento que as vezes acho que tudo não passa de um sonho, que vou acordar e você não vai existir.
Mas é possível sonhar estando dentro de um sonho? Espero que não, pois eu sonho com você, sonho em te encontrar em te abraçar, em estar perto em não sentir mais saudades. 

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Vamos lá, sonhe comigo!

Vamos lá, sonhe comigo!

Sonhe em acordar e dormir

Venha junto com certeza

Vai dar certo, eu acredito!

Como numa música leve

Dê adeus aquelas coisas

Se livre dos pesos, releve.

Derrame suas últimas lágrimas

Se despeça das antigas dores

Isso antes que eu te leve

Pra bem longe

Pra bem perto...

De mim

Tentei fazer assim

Ser bem mais esperto

Sábio como um monge 

Pois pro amor esse é o mais correto

Quantos amores cabem num verso simples?

Versos simples podem descrever o amor?

Trago-te pra perto

Mostro-te o que posso

Sentimentos estão em traços

Abstratos, vêm abraços.

Revelados ao escuro

Apenas no tato

Sonhar ao dormir

Acordar sem deixar o sonho

Encarar lutas diárias

Dormir no aconchego um do outro

Essa vida te proponho.

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As Razões de Um Louco #32- O Recomeço do fim

Imagem: Reprodução/Internet 

- Ela merece estar com você bem mais do que eu mereço...
- Sim, merece! Mas eu estou com você, isso é um sinal de que eu lhe amo.

 Parece louca a fala acima, mas o merecimento é tão relativo as vezes...

 Há momentos na vida que nada podemos fazer pra mudar, nada! Tipo a morte, e foi isso que aconteceu semana passada, ela perdeu alguém importante, de uma forma trágica. Apesar da morte ser um curso natural de um rio que não podemos evitar, e por mais que sejamos sabedores disso, ainda é muito complicado lhe dar com ela. Eu tinha receio, tinha motivos pra ser assim, ela era inconstante e as vezes imprecisa no que sentia, tinha-a como uma amiga, ser mais que isso era arriscar minha situação emocional já abalada. Mas eu precisava fazer algo pra mostrar que estaria ali naquele momento difícil.

 Nem preciso dizer o "clima" do velório, sabe, eu nem conhecia aquelas pessoas, apesar de tudo me sentia perdendo algo. Há fatos que me enfraquecem muito, e ao mesmo tempo me fazem criar uma força descomunal, e ver ela chorar daquela forma me fez entender que eu não poderia vê-la assim sem tentar intervir para pelo menos amenizar... Um abraço, umas palavras, qualquer coisa, sei lá... O mundo desabava ao redor dela, e eu senti ali que ela era parte do meu mundo.

 Eu queria sempre achar explicação pra tudo, apesar desse sentimento ser um tanto irracional, como quase todos os outros são... Quem algum dia poderá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E eu sempre num ato idiota busca essa tal razão, e talvez até tivesse achado algo próximo a isso; a razão era simples, eu queria aquele abraço todos os dias da minha vida, até que ela enfim, tenha fim. O sentimento as vezes afasta, devido tamanha complexidade com que ele se apresenta, mas não é simples, as palavras saiam arranhando a garganta, o medo era tão forte, e eu sempre incrédulo, naquele momento contava com a sorte. Ela não veio, confirmando que eu não posso contar com ela. 

 Ela se foi, como da outra vez, e dessa vez foi para sempre. E eu não pude fazer nada pra impedir a ida. Meus abraços apertados sempre foram sinal de fim, de despedida, e deve ser por esse motivo que quanto mais eu apertava, mais sentia saudades. 

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O tema mais didático da história do ENEM - Por que a violência contra as mulheres não diminui?

Imagem: Reprodução/MEC

 Lembro-me bem de ter respirado fundo e aliviado quando vi qual seria o tema. Primeiramente por ser um assunto pertinente e sempre atual na sociedade brasileira, segundo por saber que seria o tema mais reflexivo que já houve nos exames educacionais Brasil a fora. Antes de começar a redação fiquei me perguntando qual seriam as reações dos diferentes tipos de pessoas quando vissem o tema, desde as mulheres que sofrem a violência, aos "homens" que ás comentem. 

 "A doutrina de violência contra as mulheres vem de décadas atrás, quando a mulher era ainda mais privada de direitos. Quase como uma peça de troca, ela tinha dois "donos" durante a vida, o pai e marido. Durante a infância eram criadas para obedecer e ser uma boa mãe e dona de casa, não que ser mãe e dona da casa fosse algum demérito, mas era algo bem obrigatório. Quando mais "mocinha", o pai já ia vendo qual seria o melhor casamento pra ela, logo ela era repassada às mãos do seu segundo "dono", onde colocaria em prática  tudo aquilo que aprendeu durante a sua juventude. E assim foi durante muito tempo, e assim se criou o modelo de sociedade brasileira. 

 A violência não acaba pelo simples fato da doutrina de "dominação masculina" ainda ser muito presente, porém as mulheres não são tão submissas a isso, logo o uso da força é bem mais necessário por parte dos agressores. A punição mais severa trazida com a lei Maria da Penha, só deixou mais claro que há e ainda ai haver durante algum tempo ainda. 

 A forma mais cabível de intervenção eficaz é a educação de gêneros desde as escolas básicas, aos presídios de segurança máxima! Pois apenas uma punição não é suficiente pra educar ninguém. Se uma criança for criada sabedora de que somos iguais independente do sexo, etnia e opção sexual, numa sociedade mais justa para todos, teremos assim uma geração que compreende os direitos, que respeita tanto homens, quanto mulheres. As medidas que impeçam a agressão devem ser tomadas, pois a punição não traz a vida de alguém de volta, nem desfaz o medo e marcas de um trauma psicológico e físico." 

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Divulgado o tema da redação. Enem 2015

A violência contra mulheres. 
Infelizmente é um tema que ainda não deixou de fazer parte do nosso cotidiano, mesmo com diversas campanhas e leis para defender as mulheres, temos consciência de que tal crime ainda é praticado em meio a sociedade. Portanto não teria como não aprovar o tema.

O tema da redação do Enem 2015 é "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Ele foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) minutos após o fechamento dos portões do segundo e último dia de provas, na tarde deste domingo (25).
Especialistas afirmaram que o tema é pertinente e atual, e disseram que, ao contrário de algumas edições anteriores, neste ano só há um tipo de posicionamento em relação ao tema: contrário à violência.

"Defender a violência de qualquer pessoa é se colocar na contramão dos direitos humanos, e do próprio edital do Enem. Qualquer proposta que venha a fazer tem que contemplar os direitos humanos. Qualquer violência física, verbal ou psicológica é indefensável”, afirmou a professora Maria Aparecida Custódio, do laboratório de redação do Curso e Colégio Objetivo.

"A gente pode comparar o Enem a um fórum de debates sobre direitos e deveres dos cidadãos. É como se o Enem convocasse 7 milhões de estudantes para discutirem uma questão, e uma questão social pertinente como a violência da mulher. Acredito que foi uma escolha muito feliz do tema porque ainda não conseguimos vencer essa chaga tão horrorosa. A aplicação da lei ainda não se efetivou", explicou Cida.
Segundo ela, os estudantes do colégio participaram de um simulado sobre o mesmo tema, que abordou a aprovação da lei do feminicídio, no primeiro semestre deste ano.
Ainda na prova do dia 24 foi dada uma dica sobre o tema. Em uma questão de ciência humanas, uma citação famosa de Simone de Beauvoir, é citada em uma questão sobre as lutas feministas da metade do século XX.

"Não se nasce mulher, torna-se mulher".




http://g1.globo.com/educacao/enem/2015/noticia/2015/10/enem-2015-traz-violencia-contra-mulher-no-brasil-no-tema-da-redacao.html

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Sentimento ao extremo

Todos pensam que a dor mora dentro do coração, e quando você ama outra pessoa então a dor cessa.
Todos sabem que o amor pode te enlouquecer, e uma vez que você deixar o coração no controle, sentirá a dor.
Por que tem que ser um extremo ou outro o que será dessa vez, pesadelo?
Todos sabem que o amor pode começar com uma emoção e quando essa adrenalina acaba seu coração começa a esfriar.
E não me canso de me perguntar por que tem que ser um extremo ou outro?
E dessa vez o que será, sonho?
Quero ser abusado, quero ser usado, mas isso não faz sentido eu permaneço acusado.
Quero conhecer o amor, vou arriscar a dor não me pergunte por quê, não posso explicar.
Todos querem uma nova emoção todos estão à procura de uma nova pílula.
Muitos querem um novo amor.

Mas por que tem que ser um extremo ou outro
O que será dessa vez...

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A vida continua, e o amanhã será melhor

Era só uma garotinha que morava no “meio do mato” e não conhecia a crueldade do mundo.
Ainda era pequena de mais para entender o que se passava, mas ainda assim sua mente que ate então, não quantia nem uma perturbação, passou a reparar no despercebido.
Sua mãe segura-a forte por sua mão, não a deixava se aproximar daquela mulher que estava sentada ao chão. Tinha medo de perguntar de por que ela estava ali, a senhora já tinha bastante idade, um rosto sofrido, e algo no seu olhar que não sei explicar. Não pedia nada a ninguém, apenas estava ali vendo as pessoas passarem, vendo o mundo girar sendo notada apenas por o tempo. 

 A menina comia biscoitinhos, aqueles que se encontra em qualquer mercado por um preço acessível a “todos”. Ela e sua mãe estavam paradas no ponto de ônibus esperando para ir a ultima consulta antes de sua operação, o que a deixava com um pouco de medo, mas que por pura marra não demonstrava. Foi quando ela parou de comer, e fechou aquele pacote em suas mãos, e ficou apenas observando: viu quando outra garotinha quase do mesmo tamanho dela sentou-se ao chão junto a velhinha e pediu comida. 

Não conseguia entender por que elas estavam ali ou por que todos fingiam não velas. A menina pediu novamente, mas velhinha não tinha nada a oferecer. Por que ninguém as ajudava, por que não as escutavam.  Foi quando cuidadosamente ela soltou a mão de sua mãe, e correu de pressa ate onde elas estavam, era quase ao lado, mas ainda assim ela correu. Olhou para sua mão que segurava com força aquele pacote e disse: - pega, quando eu for grande eu trago mais pra vocês...
 
Claro que sua mãe brigou com ela, mas ela nem notou, ficou apenas olhando para elas comendo, sentindo uma alegria, como se tivesse ganhado uma boneca de presente.
E naquele ultimo momento quando seu ônibus tinha chegado, elas se olharam uma ultima vez. Naquele rosto sofrido uma lagrima surgiu. E sabe o que mudou na garotinha, quando lhe perguntaram no hospital o que ela queria ser quando crescer, ela passou a responder que queria ajudar as pessoas.

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De volta ao passado, desejando um futuro melhor

 Quem dos adultos e até jovens de hoje não assistiu os filmes "De volta para o futuro"? Todos aqueles elementos futuristas mexiam com o imaginário das pessoas. Roupas "descoladas" tênis que pareciam terem vindo de outra galáxia, além daquele skate voador que todo mundo queria ter. Mas vemos que Marty Mcfly iria se decepcionar com algumas coisas... 

 Mcfly, ainda somos racistas, sim, pois ainda vemos policiais agirem diferentes com pessoas de periferia, em relação a pessoas da "classe alta". Ainda temos gente passando fome, crianças nas ruas, tendo que roubar pra comer. Pessoas que propagam o ódio, que incitam a violência e corrupção até nas igrejas e templos.

 Caro jovem do passado, apesar de haver menos tecnologia, a interação entre vocês parecia ser mais simples, era apenas ligar, marcar o local e se ver. Hoje, apesar das redes sociais as pessoas estão distantes, tanto que elas se reúnem num restaurante pra conversar, pôr o papo em dia, reclamam se não tiver wifi no local. Estamos na "era da informação", onde crianças amadurecem precocemente, e esquecem o quanto é importante o aprendizado infantil. Infelizmente perdemos as tradições infantis, de brincar na rua com os amigos, de se sujar e levar bronca da mãe por chegar todo ralado. 

 Também houve coisas boas, há de dizer. O avanço da medicina proporcionou o tratamento e a cura de várias doenças, a tecnologia também correu muito, hoje temos cinemas modernos com filmes 3D, celulares de última geração, onde podemos fazer chamadas por vídeo, temos computadores velozes e mais acesso a informação. Aguardaremos a sua próxima visita, e esperamos estar em melhores condições. Dê boas notícias aos nossos antepassados, diga a eles que apesar de todas as dificuldades a humanidade continuar caminhando.

De: Webson André
Para: Marty Mcfly 

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O tempo passa

Os olhos dela brilhavam toda vez que ele respondia uma das suas dezenas de mensagens.
Mas foram tantas mensagens em vão, tantas perguntas sem respostas, que o brilho do olhar virou lagrimas. O amor virou rancor.
Ela tinha tanta culpa quanto ele, uma romântica e dramática assumida, ate hoje não encontrou ninguém que aguente suas crises. Mas ele parecia tão calmo, tão controlado, que ela pensou que seria capaz de suportá-la. 
Mais uma vez ela estava errada. Sim ele era a pessoa certa para ela, mas era a pessoa certa com tempo certo também. O tempo passou, ele mudou, talvez tenha cansado de seus dramas, talvez não. Vai ver foi só o tempo mesmo. Ela estava disposta a esquecer. Tão disposta como nunca esteve.
 
Mais uma vez o tempo passou, ela mudou e junto com o tempo foram-se os sentimentos.
Só sobraram lembranças e medo. Medo de falar o que sente medo de errar outra vez. Medo de recomeçar. Mas advinha, mais uma vez o tempo passou. E com ele desta vez veio à vontade de viver. De viver verdadeiramente, veio à coragem de falar tudo o que pensava e o que sentia. A bondade, a vontade interminável de ajudar, de querer fazer sempre mais. A vontade de crescer, e ser alguém de verdade de amar verdadeiramente e intensamente.
Ela seguiu enfrente, deixou-o apenas na memória, apenas no tempo.

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As Razões de Um Louco #31 - 31 Minutos

 Eu normalmente personifico os textos, mudo elementos entre outras coisas, as vezes ando fazendo versos e textos na mente enquanto caminho, estou no ônibus, ouço uma música, uma frase... Mas esses dias está complicado fazer qualquer coisa, eu sou do tipo de pessoa que chora por dentro enquanto faz aquela cara de que nada está ruim, como um olhar vazio num trânsito agitado da Av. Agamenon Magalhães nos momentos de pico. Essa é a #Arl31 e alguns textos são distintos e contam fatos diversos, com pessoas diferentes, mas dessa vez pensava em algo mais contextualizado e que passasse um pouco mais claramente o que há no momento, com belas palavras, óbvio.

 Eu acordei com a mesma cara incrédula das últimas semanas, cai na real e vim trabalhar. Vim o caminho todo "maquiando" como faria pra escrever algo menos repetitivo do que havia sido escrito nesses dias. As redes sociais distraem, eu passei a tarde entre o trabalho e as páginas do Facebook, e por mais que eu tente evitar, ali eu lembro de tanta coisas, e machucam...

 A única conversa que eu te tive ao celular hoje não foi com quem eu realmente queria, o "eu te amo" não era forte e também não vinha de quem eu esperava, há palavras que não podem ser ditas em vão, e desde o último "eu te amo" que eu resolvi crer, eu notei que devo ter cuidado com esse tipo de declaração, tem gente que nem tem noção do que está falando.

 Mas como sempre eu não poderia deixar de ser metódico, dramático e louco, eu não tinha tantas opções, então escrevi esse texto "31", ao longo dos últimos 31 minutos que passaram antes dele ser publicado. Sei que não ficou tão bom, mas esse foi mais uma satisfação dada a mim mesmo, tendo em vista que eu cansei de cansar meus amigos com dores repetitivas, também estou exausto de conversar sozinho.

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As Razões de Um Louco #30 - Perfumes

 Dizem que os olhos são as janelas da alma, então, o que dizem os seus olhos? As janelas da minha alma, normalmente eu escondo com os mesmo óculos escuros que usava quando era apenas por "estilo". Têm também os olheiras, que são quase tão normais quanto os hematomas da alma. Eles não estiveram sempre aqui, mas lembro que desde adolescente perco o sono, me fecho num mundo só meu, mas não há orgulho em parecer "antissocial", não é "legalzinho" parecer dramático, é que todo mundo consegue ser como uma máquina programa para fazer tudo aquilo que todos fazem. Nem todos querem se adaptar a isso. A forma igual da maioria das pessoas pensarem inferioriza, aprisiona e rejeita todo aquele que passa por esse tipo de emoção.

  Já ouvi dizer que os perfumes trazem lembranças intermináveis, acho que ultimamente está na moda usar um tipo de perfume específico (que eu não sei o nome), mas que é exatamente o que ela usava, ou vai ver que eu sinto esse cheiro psicologicamente por todos os lugares por eu passo. Agora eu entendo por que eu abraçava com tanta vontade, segurava naquelas mãos e sentia saudade de todos esses momento antes mesmo deles terem fim. 

 Entendi também porque olhava tanto pr'aquele rosto, e sentia um vazio sempre que ia embora pra longe, o medo de não poder mais tê-lo em vista me deixava tão apreensivo, não era insegurança, mas o meu jeito de ser sempre pensava em todas as possibilidades de futuro, e em um deles eu não teria mais como ter nenhum daqueles momentos, e esse futuro está acontecendo nesse momento. 

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De amigos, a conhecidos

 Amigos, apenas amigos. Ela tinha um pequeno ataque cardíaco toda vez que via seu celular chamar e ouvia a voz dele. Mas não importa era só amizade, afinal ele sempre arrumou pretexto que os impediram de ficar juntos.

 Ela ainda lembra com riqueza de detalhes a primeira vez que o celular chamou, foi tão de repente, que ela achou que era mais uma chamada sem querer, aquelas sabe que de vez em quando você clica sem querer e liga no meio de uma conversa por whatsapp. Estas redes sociais enganam tanto, acho que por isso hoje ela prefere ver as pessoas frente a frente antes de se apegar.

 Bom, voltando a falar da primeira ligação, ela estava no meio de uma crise de risos, provocada por sua amiga que tinha acabo de contar uma piada sem graça, mas era duas amigas a noite, tudo era motivo de crises de risos.

Ela atendeu no segundo toque, sem saber exatamente o que esperava ouvir. Foi aquela conversa que começou super tímida, e que durou aproximadamente 01h e 40min com varias perdas de sinal, e vários retornos, a voz dele era tão espontânea, e tudo que ele falava era tão doce, mesmo quando ele falava que ela precisava fazer caminhadas, para perder calorias, mas com ele, ela apenas ria ao invés de questionar se estava gorda.

E depois de muita conversa, chegou a hora de desligar, não tem uma explicação lógica. Mas o seu rosto tinha um sorriso que ela não sabe de onde vinha, e quando ele começou com a brincadeira do desliga você, ela sorria, sorria tanto, era algo tão bobo, mas que fazia tanto bem, a primeira ligação foi ele que desligou.

 E dali em diante ela passou a chegar a sua casa e fazer tudo o que tinha que fazer, para depois das 22:00 estar totalmente livre, foram dias de conversa, e de todas, ela se recusava a desligar, a dar tchau primeiro. Foram tantos segredos, tantos problemas divididos.

 Tanto ele quanto ela sabiam que não era apenas amizade, mas ele ainda mais que ela, se recusava a aceitar, e depois de muitas trocas de carinhos, ela precisava saber o que estava de fato acontecendo, e depois de uma pergunta, ele sumiu.  Como se tivesse medo dela foi tão difícil, mas ela o superou, e no dia de seu aniversario, ele reapareceu, e a 00:00:03 ele ligou novamente.

 Ela estava tão fria no inicio da conversa, mas acreditava tanto nele, que bastou uma promessa vaga de que não sumiria mais, e ela voltou a ser a garota apaixonada. Mas adivinha, ele sumiu de novo após duas ligações, e mais uma vez ela tava superando, mas era tão difícil, ela nem sabia o porquê ele tinha sumido. Não da pra esquecer quando não tem um final. Ela sabia que toda esta historia precisava de um fim, e que este fim não seria dele. Então mesmo sofrendo ela começou a ultima conversa.

Ela conseguiu, falou todo o que ainda deixava ela presa a ele, derramou todas suas magoas, e por fim ele disse que tudo o que queria era amizade, mas ela nunca quis isso, então desta vez ela deu tchau, e foi o ultimo, realmente foi a ultima conversa, ela terminou o que um dia ele começou e não foi capaz de dar seguimento. E pela primeira vez, não tiveram lagrimas, todas as lagrimas já haviam secado. Sem lagrimas apenas com sofrimento, acabou mais uma das suas historia. Tudo o que aconteceu deixou de existir, e agora nos somos... Conhecidos, apenas conhecidos.

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Parte da minha historia

 Pergunto-me, o que de fato eu quero? Quero um amor ou a liberdade de estar só? Quero conquistar o mundo, ou conquistar alguém? Quero ser a dona do meu futuro ou compartilhar? É tanta pergunta feita a mim mesma. 
 Então tentando responde-las. To buscando um amor que me liberte, que me leve às nuvens e que me busque quando não conseguir voltar. Sobre conquistar o mundo, quero mais, quero criar o meu mundo, e para ser sincera não me importo de ter alguém junto a mim nesta jornada. Quanto ao futuro, quero ter planos para ele, planos em que eu esteja em primeiro lugar, planos em que eu esteja rodeada por pessoas que me amam, onde minhas raízes estejam ainda mais fortes.
 Quero descobrir sentimentos novos, conhecer novos países, novos lugares, provar da mais diferente culinária, mergulhar das águas mais claras as mais escuras. Ir do maior deserto as mais altas montanhas. Quero ser o orgulho da minha família. Quero viver cada dia de uma só vez, o aproveitando do nascer do sol a despedida da lua. Quero tudo isso e muito mais, e posso ser chamada de “marrenta” ou do que preferirem, mas enquanto não me sentir satisfeita com o que tenho, não pretendo parar, vou estar buscando cada vez mais, e se bem me conheço, ainda estou realmente a léguas de distancia de conseguir tudo o que quero. Mas agora me diga você. Eu quero tudo isto. E você quer fazer parte de minha historia, ou ser apenas mais uma historia, como tantas que vou viver? Decida logo, não tenho mais tempo a perder, preciso viver.

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O Sapo e a Borboleta

 Num mundo de aparência, há bons exemplos a se seguir, como diria a cantora Ana Carolina: "Eu não vou gostar de você porquê sua cara é bonita, o amor é mais que isso." 

 "Num bosque muito bonito, existia um lago onde vivia um girino, ele passava seus dias observando uma lagarta que ali sempre estava nas folhas das árvores. Sempre foi apaixonado por ela, e quando teve a oportunidade contou. Ela se surpreendeu, afinal ela vivia por ali justamente por também estar apaixonada por ele. 

 Assim seguiram-se os dias e o amor deles só aumentava. Mas como sabemos, há um momento em que a lagarta entra no casulo para virar borboleta... Eles já tinha programado isso, porém não tinham noção do que seria depois, tinham dúvida, será o que tempo acabaria com o sentimento? Mesmo com isso tudo, ela não tinha escolha, e assim se fechou em seu casulo.

 Ao passar do tempo, o girino também cresceu, virou um sapo e estava aguardando como seria ver sua amada depois desse tempo, quais seriam as reações... E ela saiu, uma belíssima borboleta, ele ficou encantado, porém ela era tão linda que ficou com medo de que ela quisesse ter outro rumo, ao invés de ficar ao seu lado. Mas ela quis estar com ele, pois ela o amava, não a sua imagem, ela era apaixonada pelo que ele era, e quem passava pela sua cabeça seguir sua vida sem aquele simples sapo."

Gente, eu ouvi uma história parecida em algum lugar, a original era bem humorada e divertida, modifiquei o fim, apenas pra mostrar o quanto parece ser difícil algo desse tipo, creio que a natureza humana seja vivida apenas pelo que os outros veem. 

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Sem professor não se faz nada!

 Parafraseando uma postagem do rapper Emicida no twitter, que dizia mais ou menos assim: "Vi um adesivo da OAB que dizia que sem advogado não se faz justiça, os professores deveria criar um, dizendo: Sem professor não se faz porra nenhuma!" 

 Primeiros professores foram meus familiares e pessoas próximas, creio que educadores nos ensinam coisas para a vida, não apenas cálculos, fórmulas e regras escolares. Minha mãe me ensinou a segurar uma barra quando criança, eu pensava em suicídio com 11 anos, e não sabia de onde ela tirava forças, minha família sempre me ensinou que não estávamos sozinhos. 

 Minhas professoras dos primeiros anos diziam sempre: "- Estude meu filho, pra ter um futuro melhor..." "- Preste atenção na aula, Webson! Parece que não quer nada com a vida..." Querida tia Antonia, até hoje estou tentando ser alguém na vida... Mas os concelhos foram bem recebidos, e eu devo muito as minhas "tias" do ensino infantil e fundamental l, elas junto com família são a base de um caráter. 

 Com o passar dos anos, eu vi que quanto mais temos informação, mais sabemos que a escola maltrata os educadores, com condições precárias muitas vezes, condições de trabalho complicadas, salários baixos e alunos as vezes violentos. Como num circulo vicioso, vemos o desgaste e a desvalorização da profissão mais importante da humanidade. 

Professor trabalha por amor, realmente. Tive uma professora que se abriu pra nossa turma, ela dava aula em três horários, cinco dias na semana, e os finais de semana dela normalmente eram dedicados à corrigir provas e trabalhos, mas ela disse: "- Muitas vezes eu penso em desistir, eu já poderia me aposentar, mas eu faço isso pra ver alunos como vocês, interessados e motivados a aprender, isso não tem preço, não nada melhor, esse é o meu salário." Depois daquilo entendi que era apenas por amor.

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O "Onipresente" vendedor de flores do Recife

Foto: Caio Queiroz 

 Lembro-me da primeira vez que eu vi este cara, ele é mais uma daquelas figuras folclóricas do Recife, e provavelmente estará nas lembranças dos que costumam frequentar as praças e e pontos turísticos da capital pernambucana. 

 Esse texto foi motivado por outro que saiu essa semana no Parlatório: "O dia em que o vendedor de flores salvou uma relação." Isso me fez lembra uma história vivida por mim mesmo ano passado, lembro de já ter visto esse vendedor outras vezes no Marco Zero, ele sempre chegava nos casais e quase convencia um dos dois a comprar pelo menos uma de suas flores. Eu já tinha passado pela centésima decepção amorosa, sempre ia lá pois sempre pensei em levar minha namorada lá, e ficava ali olhando as ondas quebrarem no Parque das Esculturas, via aqueles barcos indo e vindo... Até uma vez já fui ao outro lado com meus amigos do curso de web design, mas essa é outra história. 

 Já fazia um tempo que eu tinha terminado meu último relacionamento, quer dizer, ela tinha terminado. Mas era como se o lado idiota da minha mente não tivesse deixado de lado todas as coisas que a gente tinha vivido, uma parte de mim ainda queria ir aos locais de antes, ainda queria ter o perfume do shampoo no travesseiro, ainda insistia em guardar numa pasta oculta no facebook as fotos da gente juntos. Naquele dia faríamos 2 anos de relacionamento se estivéssemos juntos, e ela me propôs: - Vamos sair pra comemorar? Eu fiquei meio sem saber o que dizer, eu queria tanto aquilo, mesmo sabendo que seria prejudicial a mim depois, eu topei. 

Adiantando a história... Chegamos no Marco Zero (lugar onde eu sempre quis ir namorando), e ficamos uns minutos em silêncio, olhando pro nada... Eu estava desesperadoramente feliz com aquilo, mesmo sabendo que cada momento poderia ser o último, olha que loucura, estávamos comemorando uma data que nem existia. Era tudo igual, o jeito de olhar, o toque... Enfim. 

 Chegou o lendário vendedor de flores, e antes que ele dissesse algo, eu lhe pedi duas flores, e como tudo é bem simbólico e programado quando se trata de mim, isso tinha um significado; as flores compradas representavam cada ano que passamos juntos, e que eu sempre quis comprar uma daquelas flores para ela e nunca tinha tido oportunidade antes. O vendedor sempre "conversador", proseou um pouco comigo, desejou felicidades ao casal e foi embora, oferecer seu produto a outros casais. 

 Na hora de irmos embora, eu roubei flores no caminho, fiz um buquê e dei para ela, ela olhou triste pra mim, acho que ali tínhamos entendido que era realmente o fim. Restaram as lembranças, os planos perdidos, e os momento marcantes. Aquele cara fez parte daquele momento... 

 Imagino que o "onipresente" vendedor tem diversas histórias pra contar, e que outras pessoas têm relatos relacionados a ele, não será esquecido jamais.

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As Razões de Um Louco #29 - Fatos Históricos

 Aos olhos da saudade o mundo é tão pequeno, vez ou outra esbarramos nas lembranças... Isso quando as lembranças não vêm até nós em forma de furacão. Trazendo coisas que não queremos mais aqui, levando as coisas que nos anestesiavam, uma mentira agradável, uma falsa sensação de tranquilidade. Nos mentindo, nos fazendo pensar que essa era a nossa nova felicidade.

 Uma vez conversando cheguei a conclusão de que algumas coisas na vida marcam tanto, à ponto de sem elas a vida ser incompleta, como a história do mundo é dividida em partes, épocas distintas e bem definidas por algum evento específico. Assim são as nossas vidas. Algumas pessoas são parte da nossa história, outras são apenas "estatísticas", apenas servem pra fazer parte da ordem cronológica de alguma coisa, o que infelizmente é triste pra mim, eu nunca quis ver alguém que passou pela minha vida se tornar uma vaga lembrança pra mim, pois tempos atrás essa pessoas estava na galeria das mais importantes. "Algumas pessoas viram história, outras viram estatísticas."


 Nenhuma segunda ou terceira opção serão tão boas assim de cara, atenha-se ao fato de que por mais que isso possa até ser melhor, isso foi o que sobrou de algo que passou sem que você quisesse que passasse. Essa reflexão foi esclarecedora pra mim, sabendo que essa é "milionésima opção" que a vida oferece a mim, foi ai que eu entendi que talvez as outras coisas "perdidas" não fossem mesmo pra mim, e que por mais que as lembranças nos batam a porta sempre, querermos o que temos agora nas nossas vidas é justo e lúcido.

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As crianças que fomos, aprovariam os adultos que somos?

E se a criança que você foi te olhasse agora, ela teria orgulho de você? Quais os sonhos você conseguiu trazer consigo da sua infância? Quais você tornou real? Quantos foram deixados pelo caminho?

 Ontem estava tendo uma conversa com uma jovem amiga minha, falávamos sobre a passagem da vida de criança até a adulta, sobre posicionamentos, pensamentos e forma de lhe dar com certas situações, comentei que muitas das coisas que eu penso hoje vem desde os meus 13, 14 anos, quando minha mãe sempre me ensinou a crescer, claro que eu não deixei de ser criança assim do nada (até hoje tenho manias da época), mas eu sabia que estava sendo preparado pra ser "grande", e que tudo seria como numa guerra. 
 Quando eu era criança eu criava metas bobas, como se naquele ano eu tivesse missões a cumprir, como passar de ano escolar com uma média alta, fazer um grande número de gols, não chorar tanto... 

 As crianças normalmente pensam que a vida adulta é um mundo de liberdades, onde não teríamos tantas obrigações, mas nos enganamos demais ao pensar assim, ser adulto nos priva de tudo, até dos sonhos que tínhamos quando criança são privados na maioria das vezes. 
 Sempre sonhamos com profissões bem legais; astronauta, mágico, bailarina, cantor, atriz... Há uma variação quando se muda de classe social. Eu sempre quis ser jogador de futebol, também queria ser, arquiteto, depois desenhista... Criança normalmente escolhe de acordo com o máximo de diversão que ela pode ter na vida, adultos normalmente escolhe de acordo com a grana que ele pode obter, mas dizem hoje em dia que "dinheiro não compra a felicidade, mas manda buscar." Essa lógica tão "adulta" sempre bateu de frente com a minha criança interior. É sério que isso ai é mesmo amadurecer? Ganhar dinheiro e pronto? As crianças que fomos reprovariam esse pensamento que temos ultimamente. 

 Ainda me lembro das festas infantis, das broncas da minha mãe, da falta que o pai fazia na hora dos jogos de futebol, ainda lembro das tarde molhadas de futebol na lama, das amizades que se perderam na vida adulta, do futuro que parecia vir me esmagar quando queria tomar de mim meus sonhos. Das inspirações familiares que fizeram parte do que sou hoje. 

 "Todo menino é um rei, eu também já fui rei..." E a forma que vivemos a vida nos faz ainda ser meninos(as), ainda somos reis.

 "Eu fico com a pureza das respostas das crianças..."

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"Apenas mais uma..."

Imagem meramente ilustrativa. Reprodução/internet

Creio que muitos que lerem esse texto vão acha-lo triste, porém, infelizmente os fatos que ocorrem na história compartilhada aqui, são comuns e cruéis. Tão normal quanto encontrar um animal na rua, é encontrar pessoas na mesma situação. E isso deixa muita gente mal, mas até onde vai a bondade de alguém ao se deparar com tal situação? 

"Quase nesse momento, no dia 06/10/2015, resolvi que iria em Casa Amarela, comprar umas coisas que seriam úteis pra mim. As vezes passava nos ônibus e sempre via que ao lado de uma farmácia, uma senhora sempre estava sentada no chão, pedindo dinheiro à quem passa. Acho que é tão comum pessoas pedindo dinheiro nas ruas, nos ônibus e etc. Que ninguém reparou na senhora, as pessoas que trabalham/estudam por ali já devem estar acostumadas com aquela situação. Mas eu tenho um lado bom que me faz mal, às vezes. Muitas vezes com apenas água na geladeira, eu queria mudar o mundo.

 Eu passei por ela, por trás, pra ser mais exato, e fiquei com o coração na mão. Entrei na loja, comprei o que tinha que comprar e segui meu destino. Por um momento eu pensei em fazer igual a maioria das pessoas, tenho problemas meus pra resolver, não posso fazer muito por ela, seria conveniente deixar isso pra lá, tantas pessoas estão na rua... Mas o lado humano não me permitiu, peguei o resto do dinheiro que me restou (quase nada), e decidi falar com ela. Ela tinha dificuldades na fala, me abaixei, ela pensou que eu fosse fazer mal, disse que era "crente", eu disse que não iria fazer mal. Ela então explicou com dificuldades que já tinham roubado ela ali, pediu desculpas e chorou. E nesse momento eu vi que mais que o dinheiro, ela queria respeito... Ela não tinha isso. Fiz o que tinha que fazer e segui com o meus passos, e na moral, me senti meio bosta pela 100º vez em menos de 2 meses, eu não era nada ali, as pessoas ao redor nem se importam com aquela situação. Era só virar à esquerda na Estrada do Arraial, em frente a um dos bancos, tem um senhor que nem pode andar, creio que ele mora por ali mesmo, me corta a alma quando passo por ali, eu me sinto tão inútil.

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As Razões de Um Louco #28 - Cabeça de menino

 "Não lembro de tanta diferença das coisas que eu penso agora, comparadas as que eu pensava quando menino, imagino eu que ainda não deixei de ser aquele moleque sonhador, que adorava fazer as pessoas sorrirem, se sentia excluído por nada e achava normal falar sozinho e escrever poemas dos cadernos que a sua irmã tinha. Talvez eu nunca tenha crescido de verdade, o fato da barba agora incomodar quando eu a faço, me fez permanecer com ela por mais tempo, fez o meu pai olhar pra mim não mais como um menino que só queria ir nos sábados de manhã olhar o jogo dos adultos, ele olhou como se dissesse: "Caramba, meu filho cresceu tanto, até barba ele já tem..." E eu confesso que feliz todas as vezes que ele me apresenta para os seus amigos, com orgulho, nem sei por que, sou tão comum. 

 Mainha (sim, é assim que chamamos a nossa mãe aqui no Nordeste) sempre foi durona pakas, lembro-me das vezes eu tive engolir o choro "- Chore não! Você não apanhou ainda." Mal sabia o quando esse "engole o choro" seria necessário na minha vida. Cresci com a missão de ser melhor a cada dia, antes mesmo de conhecer a introdução da música A vida é Desafio, dos Racionais Mc's, principalmente a frase: "Por você ser preto, você tem que fazer duas vezes melhor." 

 Ainda pré-adolescente, eu só queria andar de bicicleta com meus primos, ir jogar bola sem hora pra voltar... Não tinha deixado de lado o hábito de escrever coisas dos cadernos da minha irmã, acho que tudo aquilo me fizeram chegar até esse texto agora (o que significa que eu cheguei a lugar nenhum, por enquanto). 

 Ainda programo as conversas que possivelmente eu vá ter durante o dia, ainda tenho inimigos "mortais", ainda procuro meios de vencer os vilões da minha vida. Ainda sinto um nó na garganta ao ver um animal machucado, ainda sou um menino com a mesma ausência de medo, pois o único medo que eu tinha era de me sentir só, e eu já me isolo e fico só naturalmente, isso é algo frequente e muitas vezes sinto que a saída pra desilusão de estarmos acompanhados, nascemos sem pedir, vivemos procurando um motivo pra tudo... Nem tudo requer explicação. 

 Eu só queria deixar as devidas menções à todas as coisas que me edificaram, creio que até as experiências desagradáveis ajudaram, os "amores eternos" foram essenciais pra me mostrar que nem tudo é para sempre. Os "vilões" me fizeram olhar atentamente meus ponto fracos e fortes, assim me deixaram mais preparados para um possível enfrentamento. Os meus heróis não morreram de overdose, eles me mostraram que todas as vezes que eu não estive no meu mundo fechado, eu poderia contar com seus "superpoderes", assim me sinto acompanhado por outros "alguéns", não apenas com meu amigo imaginário. 

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Sua parte

VOCÊ consegue... Havia uma voz em sua mente que ela não sabia de onde vinha, e todas as vezes que ela estava por desistir essa voz ecoava em sua mente e lhe dizia sempre as mesmas palavras, com o mesmo tom aveludado de sempre “você consegue”. E sem nem mesmo entender ela superava qual fosse seu obstáculo.

Ela não era uma heroína e nem queria salvar o mundo do “mau”. Mas não se contentava com o mundo em que vivia, estava cansada desta sociedade acomodada com o caos, com a destruição do planeta, e acreditava que para mudar o mundo é preciso mudar a si mesmo.

Sabia que a mudança começava nos simples detalhes, sabia que se apenas ela mudasse sua maneira de viver, não resolveria o problema. Mas acreditava que fazendo sua parte e tentando convencer quem estava ao seu redor a fazer o mesmo, era a maneira mais correta e cabível para realizar esta transformação.

Seu sonho era dar a volta ao mundo mudando tudo ao seu redor, transformando pensamentos, purificando almas. E o que a fazia pensar que era tão especial e poderosa assim¿ era fato de não se importar se iriam acreditar nela ou não, ela apenas iria fazer sua parte, para mudar o mundo.

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As Razões de Um Louco #27 - Lágrimas "Off-line"

 Admiro quem me motiva a caminhar... Mas quem caminha comigo sempre terá algo mais de mim. Como se não bastasse ouvir minhas lágrimas off-line, pois o nível de desespero chegou num ponto em que eu senti que iria morrer sem desabafar, desabar, sim! Chorar mesmo. É meio clichê falar essas coisas, mas sabe quando estamos sozinhos no meio da multidão? Eu parei e fiquei olhando do lado de fora da janela do ônibus, quando voltava "daquele" local, "naquele" fatídico dia. Olhava cada gesto, de cada pessoa que eu podia acompanhar, casais, idosos, jovens, crianças... Levava comigo a carga emocional de um abandono, quer dizer, mais um.

 Deveria ter aprendido de primeira que seria assim quase sempre, as pessoas vêm e vão, a vida é um ir e vir sem fim. Sorri ao ver o mar, sofri ao ver que a lua estava lá sem "nós", me perguntei: Quem seria a segunda metade do "nós"? Pois tantas foram as que pareciam ser, as promessas de eternidade sempre me espantam, tal como citar elementos da natureza pra comparar ou lembrar o que sentem por mim, tipo: "Sempre lembro de você ao olhar o mar..." Nossa, se elas soubessem o eco que esse tipo de coisa deixa na vida, a sensação de vazio ao olhar essas coisas, vem junto com um turbilhão de lembranças boas, que agora são desagradáveis por não mais existirem na vida real, só em imagens embaçadas, vistas das janelas dos ônibus, dos bancos das praças, camas frias, dentro dos quartos escuros, nos caminhos cheios de vazios.

 Olhei-me no reflexo das janelas por onde passava, senti-me longe até da minha própria sombra, os perfumes se confundiam com os pensamentos, as mais de novecentas músicas no modo aleatório pareciam marcadas, uma após outra contavam as histórias que eu preciso esquecer. Andava no automático, respirava na mesma velocidade das batidas do coração, não como numa sinfonia afinada, mas como uma bateria desenfreada, ofegante.

 E aquelas lágrimas off-line caíam descontroladamente, não que eu quisesse evitar, sempre achei que chorar aliviava a dor. 

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Devaneios #06 - Não me deixe.

Todo o sofrimento de quando você vai embora me deixando apenas um bilhete, sem se quer mencionar se voltara.
Eu que sempre busquei um amor intenso, e tranqüilo, agora que o encontrei não o compreendo.
A intensidade do nosso olhar, junto com a adrenalina vivida á cada encontro, nossa pressa em nos livrarmos da eterna multidão que nos rodeia.
A calma do nosso coração, a tranqüilidade transmitida em um toque, o carinho trocado sem pedido, o conforto de seu abraço.
Por favor, meu amor, não me deixe mais, não desista do nosso amor agora que estou me convencendo a acreditar nele.
Mas com ainda mais agonia lhe peço, não me deixe mais bilhetes, não me largue mais nem mesmo por um segundo.
E assim minha mente entendera que você é real, e não só mais uma grande confusão.
Fique do meu lado e faça minha mente entender de uma vez por todas, o que o coração vem tentando esconder.
A verdade é que eu amo você, mesmo antes de ter certeza que você é real.

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